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Alunos fazem pacto de silêncio
da Reportagem Local
Os estudantes de medicina da
USP fizeram ontem um pacto de
silêncio sobre o episódio que resultou na morte do calouro Edison
Tsung Chi Hsueh.
Cerca de 200 alunos que participaram ou não da festa que acabou
em tragédia reuniram-se por volta
das 13h no teatro da faculdade, que
fica ao lado do prédio principal da
escola, na avenida Dr. Arnaldo
(zona sudoeste de São Paulo).
A Folha teve acesso ao final da
reunião, que ocorreu a portas fechadas e vigiada por seguranças da
faculdade.
Apesar da tragédia ter ocorrido
em uma festa organizada pelos estudantes, os alunos decidiram que
não dariam informações à imprensa e que orientariam os jornalistas
a procurar a direção da faculdade.
A qualquer pergunta dos jornalistas, a maioria dos alunos da faculdade de medicina se negava a
responder, mostrando as costas.
No final da reunião, os estudantes aparentavam nervosismo. Eles
ser reuniam em pequenos grupos e
discutiam o caso em voz baixa.
Quando a reportagem da Folha
se aproximava de algum desses
grupos, algum integrante, por
meio de gestos, avisava os demais e
todos se calavam.
Para todas as perguntas, alguns
respondiam que não sabiam de nada e que não tinham nada a declarar. Os poucos alunos que concordaram em falar pediram para não
ser identificados e disseram que a
festa transcorreu normalmente até
as 18h, quando a maioria dos estudantes já tinha ido embora.
Depois desse horário, os alunos
disseram não saber o que teria
ocorrido na Atlética.
(AL e CC)
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