São Paulo, Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1999
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Alunos fazem pacto de silêncio

da Reportagem Local

Os estudantes de medicina da USP fizeram ontem um pacto de silêncio sobre o episódio que resultou na morte do calouro Edison Tsung Chi Hsueh.
Cerca de 200 alunos que participaram ou não da festa que acabou em tragédia reuniram-se por volta das 13h no teatro da faculdade, que fica ao lado do prédio principal da escola, na avenida Dr. Arnaldo (zona sudoeste de São Paulo).
A Folha teve acesso ao final da reunião, que ocorreu a portas fechadas e vigiada por seguranças da faculdade.
Apesar da tragédia ter ocorrido em uma festa organizada pelos estudantes, os alunos decidiram que não dariam informações à imprensa e que orientariam os jornalistas a procurar a direção da faculdade.
A qualquer pergunta dos jornalistas, a maioria dos alunos da faculdade de medicina se negava a responder, mostrando as costas.
No final da reunião, os estudantes aparentavam nervosismo. Eles ser reuniam em pequenos grupos e discutiam o caso em voz baixa.
Quando a reportagem da Folha se aproximava de algum desses grupos, algum integrante, por meio de gestos, avisava os demais e todos se calavam.
Para todas as perguntas, alguns respondiam que não sabiam de nada e que não tinham nada a declarar. Os poucos alunos que concordaram em falar pediram para não ser identificados e disseram que a festa transcorreu normalmente até as 18h, quando a maioria dos estudantes já tinha ido embora.
Depois desse horário, os alunos disseram não saber o que teria ocorrido na Atlética. (AL e CC)



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