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Pilares da campanha de Pitta têm problemas
da Reportagem Local
Os quatro pilares da campanha
eleitoral do prefeito Celso Pitta
(PPB) em 1996 -fura-fila, PAS,
Leve-leite e Cingapura- estão
com problemas.
O fura-fila, apelido do VLP (Veículo Leve sobre Pneus), é o pior deles. Ainda não saiu do papel e a
equipe que o projetou foi demitida
da prefeitura.
Dos 110 km previstos para a rede
básica do novo sistema de transporte, apenas um pequeno trecho
de 8,5 km -que não está em operação- foi construído. A prefeitura montou também uma pista para
testes no autódromo de Interlagos.
O secretário de Governo, Carlos
Augusto Meinberg, afirma que a
prefeitura não desistiu do fura-fila
-considera que será de grande
auxílio para o sistema de transportes da cidade.
O problema seria o custo, estimado em R$ 12 milhões por quilometro. A prefeitura contava com
um financiamento do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que
não deve sair.
A saída, segundo a Secretaria dos
Transportes, será utilizar recursos
próprios. Para isso, é necessário
que Pitta consiga renegociar com o
governo federal uma dívida de R$
8,3 bilhões, referente a títulos e a
um empréstimo obtido junto ao
Banco do Brasil. Pitta reivindica
condições iguais às obtidas pelo
Estado: pagamento em 30 anos e
juros de 6% ao ano. Ainda não obteve resposta.
O PAS (Plano de Atendimento à
Saúde) está sendo reformulado.
Cerca de 70% de sua estrutura
(Unidades Básicas de Saúde) vai
voltar para a administração direta.
As cooperativas -base do sistema lançado por Maluf na gestão
anterior- controlarão apenas os
hospitais, o atendimento de emergência e o de especialidades.
Pitta mudou o programa, pois
disse que não dava mais para suportar seu custo, que chegou em
alguns meses a R$ 70 milhões.
Houve também muitas denúncias
de desvios de verbas e de nepotismo. Pitta está reformulando os
mecanismos de controle.
"Estamos apenas fazendo ajustes", diz Meinberg.
O Leve-leite, programa criado
para reduzir a evasão escolar, está
sendo reduzido (leia texto acima).
O programa habitacional Cingapura é o que está em melhor situação, ainda que o ritmo das obras
tenha sido reduzido em relação ao
governo passado. Maluf investia
R$ 12 milhões por mês no projeto.
Pitta tem aplicado R$ 7,5 milhões.
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