São Paulo, Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1999
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Oferta perpetua desigualdade

da Reportagem Local

A distribuição das vagas no ensino superior é um dos fatores que dificulta o acesso à rede pública e acaba reforçando a elitização do ensino superior do país.
Universidades e faculdades particulares concentram 74,5% do total de vagas à noite -período em que boa parte dos alunos estuda. O resto se divide entre instituições federais, estaduais e municipais.
O dado é do Inep, com base nas matrículas de 97. As estatísticas 98 ainda não estão fechadas. Mas, quando se compara com o ano anterior, percebe-se que a distribuição de vagas entre a rede pública e particular mantém-se relativamente estável, tendência que deve prevalecer em 98 (veja quadro).
Isso ocorre inclusive com as universidades federais, que em muitas regiões do país (geralmente as mais pobres), são as únicas instituições públicas em seu Estado. Elas são responsáveis por cerca de 17,5% das vagas oferecidas.
O elevado custo para manter cursos à noite é um dos motivos que dificulta a ampliação do sistema das federais, diz a Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).
Assim, as chances de um aluno que chega ao ensino superior estudar em uma universidade pública são pequenas, por causa dos limites da oferta de vagas no sistema. Sem contar que os melhores alunos -geralmente aqueles que cursaram a educação básica em escolas particulares- acabam conquistando as vagas na rede pública. (MAv)




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