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OUTRO LADO
Juiz afirma que julgamentos demoram menos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Tribunal
de Alçada Criminal (Tacrim), José Renato Nalini,
negou que o Tacrim demore
um ano para julgar as apelações dos presos. Segundo
ele, as informações da pesquisa (que analisa dados de
1991 a 1998) já não condizem
com a realidade.
Nalini disse que até 1994
havia no Tacrim um estoque
de 40.000 processos aguardando distribuição, e que isso realmente atrasava o julgamento das apelações. Só
que, a partir daquele ano, foi
feito um mutirão que só terminou em 1996, quando 169
juizes auxiliares ajudaram os
82 titulares a julgar todos os
atrasados.
Demora
A pesquisa mostra que, em
média, um ano é o prazo da
tramitação de um processo,
do indiciamento pelo crime
de roubo até a publicação da
sentença.
O réu que recorrer ao Tacrim da decisão de primeira
instância terá de aguardar
mais um ano, de acordo com
o levantamento.
Segundo Nalini, desde a
entrada do processo no Tacrim (incluindo o tempo que
leva para o Ministério Público se manifestar) até seu julgamento há uma demora
média de quatro meses.
Tribunal de Justiça
Embora os juizes criminais
de primeira instância demorem em média um ano para
julgar processos de indiciados por roubo (entre réus
presos e soltos), a assessoria
de imprensa do Tribunal de
Justiça, ao qual esses juizes
são ligados, informou que
nenhum dos desembargadores daria entrevista.
O delegado-geral de São
Paulo, Marco Antonio Desgualdo, informou, por meio
da assessoria de imprensa,
que também não daria entrevista sem ter lido a pesquisa. As assessorias de Desgualdo e do TJ receberam
uma síntese com os números da pesquisa por e-mail.
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