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VIOLÊNCIA
Foram presos 20 suspeitos de participar do crime; cerca de US$ 261,4 mil dos US$ 300 mil pagos foram recuperados
Polícia diz ter resolvido 99% de sequestro
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Goiânia
A Polícia Federal e a Polícia Civil
de Goiás já prenderam 20 pessoas
suspeitas de ter participado do sequestro de Wellington Camargo,
28 -irmão da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano-, libertado no último domingo em Goiânia. Dos US$ 300 mil do resgate
(cerca de R$ 555 mil), foram recuperados US$ 261,4 mil.
"Resolvemos 99% do sequestro.
Trata-se de uma quadrilha perigosa. Talvez a mais perigosa em sequestros no Brasil", disse o superintendente da PF em Goiás, Antônio Ricardo Carvalho.
Entre os 20 presos estão integrantes da família Oliveira e suas
mulheres. José Francisco de Oliveira, 43, supostamente um dos líderes, e seu irmão Moacir Francisco de Oliveira, 39, são acusados de
vários crimes pelo país e estão condenados a 74 anos e a 45 anos de
reclusão, respectivamente.
Segundo a polícia, José Francisco
alugou a chácara que serviu de cativeiro há cerca de um ano e teria
usado o nome de Armando César.
Os policiais estão ainda à procura de outros dois suspeitos, que estão foragidos.
Um deles seria Ademir Oliveira,
o responsável pelos contatos com a
família de Wellington, a partir de
São Paulo. O outro suspeito é de
Goiás, mas a polícia diz não saber
de quem se trata.
Segundo a polícia, haveria uma
outra família, Paixão, que teria se
unido aos Oliveira, para tramar o
sequestro. A tarefa agora será
identificar qual foi a participação
efetiva de cada um dos envolvidos
no crime.
Oito pessoas foram detidas em
Campo Grande, cinco, em Campinas e sete, em Goiânia.
O secretário da Segurança Pública e Justiça de Goiás, Demóstenes
Xavier Torres, disse que os presos
em Goiás "formam um elo da quadrilha, mas têm uma participação
menor" no sequestro.
"Eles (os presos) vão ficar frente
a frente e esclarecer tudo", disse o
secretário.
De acordo com a polícia, três dias
antes de Wellington ser libertado,
a PF e a Polícia Civil de Goiás já sabiam a localização do cativeiro,
mas não "estouraram" o local porque a família Camargo estava disposta a pagar o resgate.
A Polícia Federal afirma ter descoberto, durante as investigações,
os endereços de alguns dos envolvidos e os carros que usavam.
Os cinco suspeitos presos em
Campinas chegaram pela manhã a
Goiânia. Eles foram levados para a
PF e, antes de serem transferidos
para a Polícia Civil -que está encarregada do inquérito policial-,
fizeram exame de corpo de delito
no Instituto Médico Legal.
As oito pessoas detidas em Campo Grande chegaram a Goiânia às
18h20. Eles vieram em três aviões
(dois da PF e um do governo de
Goiás).
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