São Paulo, terça-feira, 24 de abril de 2001

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Garagem deu início à discórdia com movimento

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A área cercada por tapumes, onde ficava o estacionamento do Aeroporto Internacional de Congonhas, foi o começo da discórdia entre o Movimento Defenda São Paulo e a Infraero, empresa que administra 66 aeroportos no país e ligada ao Ministério da Defesa.
A Infraero quer construir nesse local o edifício-garagem, numa primeira etapa do projeto que inclui ampliação do terminal de passageiros e implantação de pontes de embarque. As obras, avaliadas em R$ 40 milhões, serão pagas pela Infraero, cujos recursos vêm das taxas de embarque e permanência de aviões, aluguel de lojas e faturamento do estacionamento.
Quando antigas árvores foram cortadas, o Movimento Defenda São Paulo reagiu, conseguiu uma liminar e as obras foram embargadas. "Aceitamos as ponderações do movimento e modificamos o projeto do edifício-garagem, com a proteção das árvores", diz Tércio Ivan de Barros, superintendente de negócios aeroportuários e responsável por oito aeroportos em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
"Começaram com a reivindicação de proteção das árvores, mas agora o movimento tem uma lista de quase 40 itens", diz.
Regina Monteiro, presidente do Movimento Defenda São Paulo, afirma que é contra a expansão de Congonhas para evitar o agravamento de problema como poluição. Segundo ela, o barulho na região já está aumentando por causa dos helicópteros, cujos vôos ocorrem com mais frequência.
Lygia Hora, presidente da Associação dos Moradores e Amigos de Moema, diz que os vôos de aviões particulares deveriam ser desviados para o Campo de Marte para reduzir o congestionamento de Congonhas.



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