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Paralisação dos ônibus prejudica 740 mil usuários
DA REPORTAGEM LOCAL
Motoristas e cobradores paralisaram ontem 60% da circulação de ônibus na cidade de São Paulo e prejudicaram cerca
de 740 mil pessoas, segundo a
SPTrans (São Paulo Transporte, órgão responsável pelo
transporte coletivo).
O sindicato dos motoristas e
cobradores afirma, no entanto,
que 90% da frota total, composta por aproximadamente 10
mil veículos, deixou de circular
na cidade das 10h às 15h.
O sistema transporta diariamente 3,6 milhões de pessoas.
A categoria reivindica 9,26%
de reposição salarial, devido a
perdas decorrentes da inflação,
e 5% de aumento real.
Motoristas e cobradores querem também participação nos
lucros e manutenção de benefícios, como o vale-refeição.
A categoria cobra da Prefeitura de São Paulo a implantação mais rápida de melhorias
viárias favoráveis ao transporte
público -a criação de faixas
exclusivas e a reforma de terminais, por exemplo. A data-base da categoria é 1º de maio.
O Transurb (sindicato das
viações) informou que as empresas não têm condições de
dar aumento aos trabalhadores
e não haverá negociação.
O secretário municipal dos
Transportes, Carlos Zarattini,
disse que não é seu o papel de
mediação entre empresas e
empregados. As viações não
serão multadas porque o sindicato dos trabalhadores assumiu a paralisação.
Interromper o serviço prestado à população deveria ser, segundo Zarattini, a última opção dos motoristas. O secretário pediu mais diálogo entre a
categoria e os empresários para
evitar futuras paralisações.
A manifestação de ontem foi
a segunda em 40 dias. Desta
vez, motoristas e cobradores se
concetraram nas garagens.
Apesar da greve, o trânsito na
cidade ficou normal, segundo a
CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego).
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