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Superintendente da Polícia Federal Marcelo Itagiba deverá ocupar cargo na cúpula da Secretaria da Segurança
Visibilidade da PM nas ruas é prioridade
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-governador Anthony Garotinho, futuro secretário de Segurança Pública do Rio, anunciou
ontem que pretende reformular
cinco delegacias especializadas da
Polícia Civil e aumentar a visibilidade da Polícia Militar nas ruas.
Embora Garotinho não tenha
confirmado oficialmente, a Folha
apurou que o superintendente da
Polícia Federal no Rio, Marcelo
Itagiba, foi convidado e deverá
ocupar um cargo na cúpula da secretaria. Itagiba, que na semana
passada foi elogiado publicamente pela governadora Rosinha Matheus (PSB), ocupa o cargo na PF
desde o governo de Fernando
Henrique Cardoso e estaria para
ser substituído.
Itagiba teria sido indicado para
a superintendência pelo ex-candidato tucano à Presidência, José
Serra. No ano passado, seu prestígio foi atingido pela morte nas dependências da PF no Rio, supostamente sob tortura, de um auxiliar de cozinha acusado de matar
um policial.
"Sei que há uma vontade por
parte dele [Itagiba] de colaborar
com o governo do Estado. É uma
pessoa que tem todas as condições morais e éticas para exercer
uma função para a qual, num momento oportuno, nós faremos o
convite", afirmou Garotinho na
entrevista.
Segundo o ex-governador, as
cinco secretarias que passarão por
modificações são as de Roubos e
Furtos de Automóveis, Armas e
Entorpecentes, Roubos e Furtos
Comuns, Roubo de Cargas e Homicídios.
"Nesse primeiro momento, vou
me dedicar a reorganizar cinco
delegacias especializadas da Polícia Civil, que estão profundamente desestruturadas para cumprir
sua missão", afirmou.
Garotinho disse que, inicialmente, não pretende fazer modificações no comando das polícias
Militar e Civil. O ex-governador
disse também que trabalhará para
aumentar rapidamente a visibilidade da Polícia Militar.
"O número de veículos nas ruas
hoje é insuficiente. Essa questão
da visibilidade é muito importante. É preciso aumentar o efetivo da
PM nas áreas críticas. Aumentamos muito o efetivo, hoje temos
17 mil homens, mas ainda precisamos distribuir melhor esse efetivo", afirmou.
Segundo o ex-governador, a situação de segurança no Rio se
agravou por causa da falta de continuidade nas políticas públicas.
"Houve uma interrupção num
programa de segurança que estava sendo implementado enquanto fui governador e não houve
tempo suficiente para a implementação de outro plano em nove
meses [tempo em que Benedita
da Silva, do PT, esteve no governo, no ano passado]. Isso levou a
um desequilíbrio, mas muito em
breve faremos com que o Rio tenha uma situação melhor", disse.
O novo secretário de Segurança
é um dos autores do livro "Violência e Criminalidade". O livro,
de 1998, foi escrito em parceria
com Luiz Eduardo Soares, atual
secretário Nacional de Segurança,
antes do rompimento dos dois,
em 2000.
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