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Batuta de Villa-Lobos é furtada de museu no Rio
Local está sem segurança desde dezembro de 2006
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Uma batuta do compositor
Heitor Villa-Lobos (1887-1954)
está entre os objetos furtados
do Museu do Teatro, em Botafogo (zona sul do Rio), na quinta-feira da semana passada. O
crime está sendo investigado
pela polícia e por meio de uma
sindicância interna aberta pela
Secretaria Estadual de Cultura.
O museu, que fica numa casa
sem equipamentos de segurança, faz exposições com objetos e
figurinos doados de peças de
teatro. Os assaltantes desparafusaram um ar-condicionado
que fica na parede, retiraram-no de lá e entraram pelo buraco. Na administração, eles roubaram um computador, um
scanner e uma impressora.
Levaram também várias batutas (o museu não divulgou o
total porque ainda está fazendo
inventário do furto), entre elas
uma que pertenceu ao músico.
Os criminosos levaram ainda
uma roupa usada na peça "Imperador Galante", da década de
50, e uma tiara de arame, pintada de dourado.
O furto foi registrado na 10ª
DP. Segundo a polícia, os assaltantes estavam mais interessados no material de informática,
que tem maior valor.
O museu está sem segurança
desde dezembro. Com a mudança de governo, o contrato
com a empresa que fazia a vigilância não foi renovado e não
há recursos para novo contrato.
Ontem, o governador Sérgio
Cabral (PMDB) autorizou a
abertura de uma licitação nos
próximos dias para contratar
seguranças para o museu, de
acordo com a assessoria de imprensa do secretário Estadual
de Cultura, Luiz Paulo Conde.
Alvos de furto
No mês passado, a Fiocruz
detectou o furto de pelo menos
cinco gravuras recortadas de
obras raras dos séculos 17 e 18
de uma de suas bibliotecas.
No ano passado, da mesma
forma, gravuras de Debret foram levadas do Arquivo Geral
da Cidade do Rio. Na ocasião,
foram levadas 87 pranchas de
gravuras do artista, além de
uma coleção de 227 estudos do
pintor Lúcio de Albuquerque.
Em 2005, foram furtadas 949
peças, sendo 751 fotos, 120 estampas, 56 desenhos e 22 gravuras da Biblioteca Nacional,
no Rio. Quase uma centena de
fotos sem valor foram encontradas no lugar das originais.
Durante o Carnaval de 2006,
o museu Chácara do Céu foi assaltado. Quatro homens armados invadiram o museu, que fica em Santa Teresa, no centro
do Rio, e levaram telas de Salvador Dalí, Pablo Picasso, Claude
Monet e Henri Matisse. Elas
não foram recuperadas.
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