São Paulo, terça-feira, 24 de abril de 2007

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Batuta de Villa-Lobos é furtada de museu no Rio

Local está sem segurança desde dezembro de 2006

TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

Uma batuta do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1954) está entre os objetos furtados do Museu do Teatro, em Botafogo (zona sul do Rio), na quinta-feira da semana passada. O crime está sendo investigado pela polícia e por meio de uma sindicância interna aberta pela Secretaria Estadual de Cultura.
O museu, que fica numa casa sem equipamentos de segurança, faz exposições com objetos e figurinos doados de peças de teatro. Os assaltantes desparafusaram um ar-condicionado que fica na parede, retiraram-no de lá e entraram pelo buraco. Na administração, eles roubaram um computador, um scanner e uma impressora.
Levaram também várias batutas (o museu não divulgou o total porque ainda está fazendo inventário do furto), entre elas uma que pertenceu ao músico.
Os criminosos levaram ainda uma roupa usada na peça "Imperador Galante", da década de 50, e uma tiara de arame, pintada de dourado.
O furto foi registrado na 10ª DP. Segundo a polícia, os assaltantes estavam mais interessados no material de informática, que tem maior valor.
O museu está sem segurança desde dezembro. Com a mudança de governo, o contrato com a empresa que fazia a vigilância não foi renovado e não há recursos para novo contrato.
Ontem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) autorizou a abertura de uma licitação nos próximos dias para contratar seguranças para o museu, de acordo com a assessoria de imprensa do secretário Estadual de Cultura, Luiz Paulo Conde.

Alvos de furto
No mês passado, a Fiocruz detectou o furto de pelo menos cinco gravuras recortadas de obras raras dos séculos 17 e 18 de uma de suas bibliotecas.
No ano passado, da mesma forma, gravuras de Debret foram levadas do Arquivo Geral da Cidade do Rio. Na ocasião, foram levadas 87 pranchas de gravuras do artista, além de uma coleção de 227 estudos do pintor Lúcio de Albuquerque.
Em 2005, foram furtadas 949 peças, sendo 751 fotos, 120 estampas, 56 desenhos e 22 gravuras da Biblioteca Nacional, no Rio. Quase uma centena de fotos sem valor foram encontradas no lugar das originais.
Durante o Carnaval de 2006, o museu Chácara do Céu foi assaltado. Quatro homens armados invadiram o museu, que fica em Santa Teresa, no centro do Rio, e levaram telas de Salvador Dalí, Pablo Picasso, Claude Monet e Henri Matisse. Elas não foram recuperadas.


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