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Avaliação aponta que aprendizado na rede estadual de MG é crítico
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
É crítico o aprendizado na rede
pública estadual de Minas Gerais.
Essa é a conclusão do governo mineiro com base nos testes aplicados em novembro do ano passado em cerca de 500 mil alunos da
4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.
Os resultados da prova, feita pelo Sistema Mineiro de Avaliação
da Educação Pública (Simave)
-do qual participam 28 instituições de ensino superior-, foram
considerados desastrosos pela Secretaria da Educação do Estado.
O pior desempenho foi dos alunos do 3º ano do ensino médio.
Em física, 83,4% deles tiveram desempenho "crítico". Em química,
o fraco desempenho se repete:
82,1% de "crítico". Em biologia,
esse percentual foi de 70,4%.
Entre alunos da 4ª série, o desempenho em ciências da natureza, na prova de 2001, foi "crítico"
entre 42,8% dos participantes.
Mas, para o secretário Murílio
Hingel, a falha não é uma exclusividade de Minas Gerais.
Em artigo distribuído por sua
assessoria, Hingel chamou de "lamentável" o Ministério da Educação ainda não ter divulgado os dados das avaliações de 1999 e 2001
na área de ciências exatas e ciências da natureza. "O quadro de
grave deficiência no aprendizado
de ciências exatas não é exclusividade de Minas nem do Brasil."
Segundo Hingel, ministro da
Educação de 92 a 94, na gestão de
Itamar Franco (PMDB), hoje governador mineiro, o Estado está
criando "condições para uma
ação de longo prazo", com programas de capacitação, de avaliação e formação de grupos especiais para atuar nas escolas. A parceria com o Simave faz parte dessa política, segundo a secretaria.
Mas, segundo Hingel, a secretaria admite haver dificuldades, como a de formar um "grupo estável
de profissionais à disposição das
escolas". Os resultados do último
concurso, diz, foram "dramáticos": dos 176 mil candidatos a
professor, 52% foram reprovados. Em física, química, biologia e
educação física, havia mais vagas
do que aprovados.
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