FABIO SCHIVARTCHE
da Reportagem Local

O diretor de engenharia ambiental e recursos hídricos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), Alfred Szwarc, confirmou ontem que todos os caminhões que trafegam pela cidade de São Paulo terão zonas de exclusão, pelas quais poderão trafegar sem ser multados, durante o rodízio deste ano.
As chamadas "rotas de passagem", que serão regulamentadas pelo decreto do governador Mário Covas na próxima semana, são avenidas que ligam as rodovias que chegam à cidade.
A idéia do governo é possibilitar que os caminhões que estejam de passagem por São Paulo não sejam prejudicados pelo rodízio, que deve começar em 16 de junho e se estender até setembro.
Segundo Szwarc, até mesmo os caminhões registrados em São Paulo terão o benefício. Mas os carros de passeio não serão liberados nas rotas de passagem. "Haverá fiscais nessas vias multando os motoristas infratores", disse.
A Cetesb não divulgou oficialmente quais são as vias que serão liberadas para os caminhões, mas técnicos da Secretaria do Meio Ambiente anteciparam à Folha o provável mapa das rotas de passagem (veja quadro nesta página).
Szwarc disse também que o governo estuda a possibilidade de fazer convênios entre o Detran (Departamento de Trânsito) de São Paulo e os Detrans de outros Estados para enviar as multas recebidas durante o rodízio.
Hoje, a multa de uma infração cometida por um carro do Rio de Janeiro registrada nas ruas de São Paulo dificilmente chega ao motorista infrator. Motivo: os Detrans não possuem um sistema integrado de multas, apesar de o governo federal já ter um plano que prevê a integração dos bancos de dados. "Tentaremos fazer acordos com os Estados para dividir o valor das multas, caso elas possam ser cobradas", afirmou Szwarc.
O rodízio será implantado em dez municípios da região metropolitana: São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André, Diadema, Osasco, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Taboão da Serra e Mauá, além da capital.



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