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Projeto é segunda chance para aluno obter um diploma
Eduardo Knapp/Folha Imagem
![](../images/c2406200302.jpg) |
Jovem do projeto Afro Ascendentes, que tem verba de R$ 750 mil |
DA REDAÇÃO
Para Danilo Benedicto, 21, o
ingresso no programa Afro Ascendentes será a segunda tentativa de conseguir um diploma universitário.
Aprovado em economia da
PUC-SP, ele teve de abandoná-lo no fim do primeiro ano por
falta de dinheiro para as mensalidades -mesmo tendo bolsa de 70%. "Até hoje estou devendo", conta Benedicto, que
agora quer se candidatar para
vaga em administração pública
da Fundação Getúlio Vargas.
Se conseguir, poderá ser o
primeiro da família a conseguir
um diploma -o pai é segurança e a mãe, auxiliar de enfermagem. Benedicto tem duas irmãs
-uma está cursando direito.
Eles moram em um apartamento próprio em um conjunto habitacional no Campo Limpo (zona sul de São Paulo).
Segundo informações da
ONG Geledés, todos os alunos
escolhidos em São Paulo pertencem às classes C e D e 40%
moram na zona leste. As profissões mais comuns dos pais
são as de eletricista, empregada
doméstica, costureira e metalúrgico, embora uma boa parte
esteja desempregada.
A ex-office-girl Débora dos
Reis, 21, é um dos dois selecionados que moram em favela.
Desempregada desde janeiro,
fazia trabalho voluntário numa
ONG de cultura popular quando foi selecionada. Com os pais
desempregados, o sustento da
família (ninguém tem curso
superior) é garantido por uma
das duas irmãs, que trabalha
como auxiliar administrativa.
"O projeto é a oportunidade
única para sair dessa realidade
cruel que a gente vive", diz.
No Rio, a maioria dos escolhidos mora em favelas, como a
Cidade de Deus, que teve três
selecionados, e a do Complexo
do Alemão, de onde foram recrutados oito estudantes.
(FM)
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