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RIO
Zona Sul Legal deveria aumentar "sensação de segurança"; crime de ontem eleva para 92 o nº de policiais mortos neste ano
Morte de PM antecede ação de segurança
MARIO HUGO MONKEN
MAURÍCIO THUSWOHL
DA SUCURSAL DO RIO
Horas antes do início da operação Zona Sul Legal -que começou na noite de ontem em Copacabana-, um sargento da Polícia
Militar foi morto a tiros por assaltantes no Leblon, um dos bairros
mais nobres do Rio de Janeiro.
O sargento José Luiz Ferreira
Vieira, 54, foi atingido no tórax no
início da manhã quando perseguia dois assaltantes que haviam
acabado de roubar um malote de
dinheiro do dono de uma casa lotérica. Vieira, lotado no 23º Batalhão da PM (Leblon), fazia patrulhamento de trânsito acompanhado pelo também sargento
Cosme Nascimento.
Segundo depoimento de Nascimento na 14ª DP (Leblon), o autor
do disparo que matou Vieira é o
assaltante Alexandre Eduardo de
Oliveira, o Xangai, 29, que conseguiu fugir. O outro assaltante,
identificado como Antônio Pereira de Mattos, foi preso.
Segundo a delegada Márcia Xavier Lopes, Xangai é assaltante conhecido na zona sul. Morador da
favela da Rocinha (São Conrado),
ele tem três passagens pela polícia
por assalto a mão armada. Mattos, segundo a delegada, não tem
antecedentes criminais.
Após o roubo do malote, os assaltantes tentaram fugir em uma
moto quando foram abordados
pelos policiais. Perseguido pelo
sargento Vieira, Xangai sacou a
arma e chegou a conversar com
sua vítima, que pediu que ele tivesse calma e abaixasse a arma. O
bandido disparou duas vezes e fugiu. O malote roubado foi recuperado pela polícia.
Já na zona norte do Rio, o inspetor da Polícia Civil Wílson de Aragão Gomes foi morto na madrugada de ontem com dois tiros de
fuzil durante um tiroteio com supostos traficantes na avenida dos
Democráticos (zona norte), nas
proximidades da favela do Jacarezinho. Ele tinha 52 anos.
Com as duas mortes, chega a 92
o número de policiais assassinados neste ano no Estado do Rio,
sendo 74 militares e 18 civis, incluindo os já reformados.
A operação Zona Sul Legal estava marcada para começar às 18h
de ontem, em Copacabana, com o
objetivo de aumentar a "sensação
de segurança" da população. Em
sua primeira etapa, pretende incrementar o policiamento ostensivo na zona sul e recolher a população de rua (mendigos e menores), transferindo-a para abrigos.
A segunda etapa da operação,
ainda sem data para ter início,
pretende combater a prostituição
e o tráfico de drogas que proliferam nas ruas de Copacabana.
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