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França desmente informação sobre caixas-pretas
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
O BEA (Escritório de Investigação e Análise), órgão do governo francês, desmentiu ontem a informação divulgada pelo jornal "Le Monde", que dizia
que as caixas-pretas do Airbus
da Air France, que caiu no
Atlântico em 31 de maio, haviam sido encontradas.
"Nenhum sinal de balizas
acústicas dos gravadores do
voo foi comprovado até hoje
[ontem]." Ainda segundo o sucinto comunicado do BEA, as
investigações vão continuar para "eliminar toda a dúvida" em
relação aos sons identificados.
O jornal francês "Le Monde"
chegou a afirmar que o minissubmarino Nautile mergulhou
na segunda-feira para procurar
os aparelhos tendo como referência apenas um "sinal muito
fraco" captado pelo submarino
francês Emeraude.
"Sinais sonoros foram captados em 20 de junho pelo Emeraude", disse o ministro da Defesa da França, Hervé Morin.
O ministro disse, porém, que
não era possível afirmar que os
sinais são das caixas-pretas. Ele
pediu prudência na divulgação
desse tipo de informação por
respeito às famílias das vítimas.
O comandante do navio
Pourquoi Pas, outro navio francês envolvido nas buscas, afirmou que não havia indícios de
localização das caixas-pretas.
A busca desses equipamentos é, agora, uma das prioridades da investigação.
Cerca de 500 destroços do
avião já foram resgatados, mas
os gravadores de voo ainda não.
O BEA afirma que a operação
de localização e busca das caixas-pretas do A330 é extremamente complicada, devido ao
relevo submarino acidentado e
profundo do local do acidente.
Segundo os investigadores,
as caixas-pretas emitem sinais
por cerca de 30 dias. Ou seja,
resta cerca de uma semana para encontrá-las.
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