São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2011

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Nova Luz reduz áreas a serem demolidas

Lotes "renovados" em projeto da prefeitura caem de 38 para 11; medida atinge especialmente a rua Santa Ifigênia

Segundo prefeitura, intervenção será em lotes maiores, onde há estacionamentos, além de imóveis mais baixos


Almeida Rocha -27.mai.07/ Folhapress
Movimento na rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Após enfrentar resistência dos comerciantes locais contra o projeto Nova Luz, a Prefeitura de São Paulo decidiu reduzir o número de imóveis a serem demolidos na região da cracolândia (centro).
A medida atinge especialmente a rua Santa Ifigênia, onde se concentram os comerciantes e principais opositores do projeto.
Agora, em vez dos 38 lotes apontados para "renovação" na rua dos eletrônicos, apenas 11 estão marcados para esse fim no projeto apresentado na semana passada.
Segundo a prefeitura, sofrerão intervenção lotes maiores, onde hoje há estacionamentos, além dos imóveis muito baixos, que darão lugar a prédios altos.
No trecho em que a revitalização está prevista, entre as avenidas Duque de Caxias e Ipiranga, a Santa Ifigênia tem 93 lotes, entre eles 42 com imóveis tombados pelo patrimônio histórico e que não podem ser demolidos.
Nas 47 quadras do perímetro da futura Nova Luz, com 942 lotes, haverá demolições em 575. O projeto apresentado pela última vez em abril, em audiência pública na Câmara, apontava 626.
Esse projeto foi apresentado pela primeira vez em dezembro. Cerca de um mês depois, em audiência pública no Anhembi, houve tumulto e a Guarda Civil teve de agir para conter comerciantes contrários às intervenções.
Em abril, na Câmara, ocorreu bate-boca entre lojistas da Santa Ifigênia e vereadores. No mesmo mês, a Associação dos Comerciantes da Santa Ifigênia obteve liminar suspendendo o andamento do projeto.
Os lojistas contestavam a cessão à iniciativa privada do direito de desapropriar imóveis, prerrogativa do poder público, segundo eles. A prefeitura derrubou a liminar.


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