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Pesquisa revela perfil do passageiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a rede metroviária
conquista as classes de renda mais
alta da sociedade, os ônibus de
São Paulo continuam sendo um
reduto das classes baixas.
Uma pesquisa encomendada
pela prefeitura verificou que 53%
dos passageiros de ônibus têm
renda familiar inferior a três salários mínimos -R$ 600. Só 6%
disseram ter renda superior a dez
salários mínimos -R$ 2.000.
Os resultados, obtidos após entrevista domiciliar com 3.199 passageiros, se contrapõem com os
do perfil dos usuários de metrô.
A última pesquisa do Metrô de
São Paulo, realizada no segundo
semestre de 2001, identificou que
19% tinham renda familiar superior a 30 salários mínimos -R$
6.000 pelos valores atuais- e só
20% ganhavam menos de quatro
salários mínimos -R$ 800.
Entre as principais desvantagens dos ônibus, segundo os
usuários, estão a tarifa (para 71%,
ela é cara), a lentidão no trânsito
(69%), a lotação (67%) e a demora para passar nos pontos (66%).
A principal insatisfação é entre
os passageiros cujas viagens duram mais de 40 minutos -nesses
casos, os índices ruim/péssimo
atingem 36%, contra 18% para os
usuários que perdem menos tempo durante a viagem.
A pesquisa está sendo utilizada
pela Secretaria dos Transportes
para a definição de prioridades a
partir deste semestre. Os contratos emergenciais com as viações
de ônibus venceram no começo
desta semana.
(AI)
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