São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

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Pesquisa revela perfil do passageiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a rede metroviária conquista as classes de renda mais alta da sociedade, os ônibus de São Paulo continuam sendo um reduto das classes baixas.
Uma pesquisa encomendada pela prefeitura verificou que 53% dos passageiros de ônibus têm renda familiar inferior a três salários mínimos -R$ 600. Só 6% disseram ter renda superior a dez salários mínimos -R$ 2.000.
Os resultados, obtidos após entrevista domiciliar com 3.199 passageiros, se contrapõem com os do perfil dos usuários de metrô.
A última pesquisa do Metrô de São Paulo, realizada no segundo semestre de 2001, identificou que 19% tinham renda familiar superior a 30 salários mínimos -R$ 6.000 pelos valores atuais- e só 20% ganhavam menos de quatro salários mínimos -R$ 800.
Entre as principais desvantagens dos ônibus, segundo os usuários, estão a tarifa (para 71%, ela é cara), a lentidão no trânsito (69%), a lotação (67%) e a demora para passar nos pontos (66%).
A principal insatisfação é entre os passageiros cujas viagens duram mais de 40 minutos -nesses casos, os índices ruim/péssimo atingem 36%, contra 18% para os usuários que perdem menos tempo durante a viagem.
A pesquisa está sendo utilizada pela Secretaria dos Transportes para a definição de prioridades a partir deste semestre. Os contratos emergenciais com as viações de ônibus venceram no começo desta semana. (AI)


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