São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

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OUTRO LADO

Governo decide afastar delegado e dois carcereiros

DA FOLHA RIBEIRÃO

Ontem à noite, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu afastar o delegado e dois carcereiros envolvidos no caso.
Antes da decisão do governador, o diretor-adjunto da cadeia de Vila Branca, Marcelo Velludo Garcia de Lima, e o delegado-seccional de Ribeirão, José Manoel de Oliveira, disseram desconhecer as denúncias de tráfico de drogas e de entrega de pizzas e lanches na unidade.
Lima afirmou que desconhecia a informação de que funcionários estariam fazendo compras para detentos, como informou um agente. "Se eu ficar sabendo, eu tomarei todas as providências cabíveis", teria dito.
Oliveira disse que toda a investigação sobre a participação de funcionários será feita pela Corregedoria da Polícia Civil.
Ele havia dito ainda que até o final da tarde de ontem nenhum funcionário tinha sido afastado da cadeia porque ele desconhecia os nomes mencionados nas conversas dos presos.
A Corregedoria Geral da Polícia Civil informou que vai pedir agilidade nas apurações. "Qualquer fato denunciado dentro da cadeia é grave. A entrada de celular e os fatos que constituem crime são pior ainda. Vamos fazer uma apuração rigorosa porque não podemos estimular a impunidade", disse o corregedor-geral Roberto Maurício Genofre.
Sobre a responsabilidade da direção da unidade no episódio, a Corregedoria e a delegacia seccional informaram que ela também será investigada. "Precisamos saber em quais circunstâncias ocorreram os fatos", informou Genofre.
O corredor-geral disse que a apuração preliminar tem prazo de 30 dias. Segundo Genofre, a investigação preliminar pode dar elementos para a abertura de sindicância, de processo administrativo e de inquérito criminal.



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