São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2006

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500 "batizados" são monitorados fora das prisões

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao mesmo tempo em que mapeia o Estado de São Paulo conforme a área de atuação dos criminosos mais influentes dentro do PCC, o governo também mantém uma lista com os dados completos de aproximadamente 500 pessoas que são "batizadas" (integrantes que aceitaram servir ao estatuto do PCC) na facção e estão, hoje, na articulação do grupo nas ruas.
"A lista dos 500", como policiais civis e militares que combatem o PCC têm tratado o documento, já é de conhecimento dos integrantes da facção criminosa dentro e fora das prisões. Por conta disso, existe um "salve geral" (ordem da cúpula da facção) para que, nos próximos meses, os contatos entre criminosos, estejam eles presos ou em liberdade, sejam cercados de cautela para evitar o "arrasto", uma gíria para determinar quando a prisão de uma pessoa desencadeia outras.
Em contatos por telefone celular, homens do PCC, principalmente os que estão nos 35 presídios (com 32 mil detentos) da região oeste do Estado, já repassaram aos comparsas o temor de retaliações contra essas 500 pessoas que ajudam o grupo nas ruas e são monitoradas. (AC e KT)


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