SILVANA DE FREITAS
da Sucursal de Brasília

Mãe Dinah, que afirma ser vidente, está sendo processada criminalmente sob acusação de estelionato e formação de quadrilha por veiculação de um serviço de disque-900 sobre numerologia e astrologia. A ação foi proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, com base em reclamação de uma usuária.
Maria Elizabete Verderoce afirma que foi ludibriada pelo "Disque Mãe Dinah", pelo qual pagou R$ 30 por sete minutos de consulta. Depois de recorrer ao serviço, ela diz que jogou na loto, na sena e no jogo do bicho, usando seus números da sorte, sem sucesso.
O caso foi inicialmente investigado pela polícia e depois pelo Ministério Público, que apresentou denúncia ao Tribunal de Justiça de São Paulo. A ação penal foi instaurada há três meses.
O processo também envolve quatro funcionários da empresa Vimeltary Prestação de Serviços de Telefonia e Assistência, provedora de tecnologia e suporte para o funcionamento do "Disque Mãe Dinah". A advogada Marcela Moreira Lopes, que representa a empresa, disse ontem que o serviço tinha funcionamento regular e que a sua veiculação foi autorizada pela antiga Telesp. Segundo ela, não havia promessa de acerto.
Ela afirmou que o "Disque Mãe Dinah" está suspenso por causa de outra ação, na área cível, contra todos os serviços de número 900 de São Paulo. Uma liminar proibiu a cobrança de tarifa, provocando a suspensão.
A Vimeltary tentou paralisar o andamento da ação na parte que envolve os seus funcionários por meio de dois habeas corpus, mas o TJ e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negaram liminares pedidas por ela.
Mãe Dinah não foi localizada pela reportagem ontem.


Texto Anterior: Falsificação: Depatri de SP apreende remédio falso
Próximo Texto: Telefonia: DDD muda hoje em 381 cidades de São Paulo
Índice