São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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Após mortes, PM revê perseguição

CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

O comando do CPI 2 (Comando de Policiamento do Interior) informou ontem que abriu uma sindicância para rever procedimentos de policiais em casos de perseguição a assaltantes organizados, após dois homens da Polícia Militar serem mortos durante perseguição em Campinas (95 km de São Paulo), anteontem.
Ontem, a Polícia Militar de Campinas matou um e prendeu outros dois dos quatro assaltantes que assassinaram os policiais Luís Donizeti da Silva, 36, e César Luís Siqueira, 32, após roubarem uma chácara.

Um fugiu
O quarto integrante ainda não foi encontrado. "São integrantes de uma quadrilha de roubos que age na região. Com certeza perigosos e organizados, pelo forte armamento que portavam", disse o coronel Lúcio Ricardo de Oliveira, do 35º Batalhão da PM.
"O treinamento de nossos policiais é o mais adequado possível e não avalio erro neste caso [de Campinas". Mas uma sindicância será aberta e poderemos rever procedimentos para evitar outros acidentes", disse o comandante do CPI 2, Reynaldo Pinheiro Silva.
A sindicância, ainda segundo o comando da PM, deve culminar com a concessão de promoção pós-morte aos policiais, que passarão de soldados para cabos.
"Eles morreram em serviço, serão tratados como heróis", disse o comandante-geral da PM paulista, Alberto Silveira Rodrigues, durante o enterro de seus subordinados, em Campinas.
Os militares abordaram os assaltantes quando eles saíam da chácara, em uma Kombi.
Segundo a Polícia Militar, os ladrões entraram com o veículo próximo a um matagal. Ao pararem perto do local para fazer a averiguação, os policiais foram atingidos com tiros de fuzil por homens escondidos no mato.
As buscas aos ladrões foi intensificada após os policiais serem atingidos. Um homem não identificado foi morto ao trocar tiros com policiais militares no matagal. Outro assaltante, conhecido apenas como Pestana, foi baleado e está internado em estado grave no hospital Celso Pierro, em Campinas.

Armas apreendidas
Rogério Sandro Valença, 39, conhecido como o Rogerinho do Itatiaia, foi preso. Ele é fugitivo de um presídio do complexo Campinas-Hortolândia, onde estava detido por roubo.
Foram apreendidos com os assaltantes uma pistola e um revólver. "Eles ainda tinham uma escopeta e uma metralhadora, que não foram encontradas", disse o coronel da Polícia Militar Lúcio Ricardo de Oliveira.


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