São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

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TRÂNSITO

No sentido centro, ônibus podem cruzar avenida, mas carros não; no corredor Parelheiros, paradas já foram pichadas

Liberação de pistas não alivia Faria Lima

DO "AGORA"

Desde a manhã de ontem, parte dos desvios existentes nos cruzamentos da avenida Brigadeiro Faria Lima com a Rebouças, a Nove de Julho e a Cidade Jardim (zona oeste da capital) foi desativada. A prefeitura está construindo túneis nos cruzamentos.
O congestionamento, porém, continua. "Está caótico. Pena que não tenho alternativa", disse o arquiteto Fernando Lemos, 44, que trabalha na Rebouças.
Os ônibus que sobem a Rebouças rumo ao centro atravessam a Faria Lima sem usar o desvio -que continua obrigatório para os carros. No sentido oposto, a faixa da direita foi liberada. Na avenida Cidade Jardim, foi liberado o trecho até a ponte de mesmo nome, no sentido bairro.

Parelheiros
O Passa-Rápido Parelheiros-Rio Bonito-Santo Amaro, que começou a operar no último sábado, repete um problema que, há duas semanas, causou congestionamento e troca de farpas entre os governos estadual e municipal.
Como no corredor Jardim Ângela-Guarapiranga-Santo Amaro, os ônibus intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) trafegam pela pista da direita, enquanto os coletivos municipais seguem à esquerda. Por isso, resta ao motorista de carro só a faixa central, que acaba congestionada.
Pior: no caso de Parelheiros, até algumas linhas municipais -como a 6072 (Jardim São Nicolau-Terminal Varginha), operada por microônibus- continuam circulando à direita.
A EMTU informou que está negociando com a prefeitura a alteração dos itinerários. Também pode ocorrer substituição ou fusão de linhas. Segundo a SPTrans, em setembro, com a inauguração de um terminal no Grajaú, as linhas municipais que ainda circulam fora do corredor terão o trajeto desviado.

Pontos pichados
Outros problemas citados por usuários são a falta de faixa exclusiva para os ônibus em trechos próximos ao terminal Parelheiros e a falta de conservação dos pontos. Recém-inaugurados, alguns já estão pichados; outros não têm mapas. A SPTrans diz que irá consertar os pontos e que, no primeiro trecho do corredor, julgou desnecessária a criação de faixa exclusiva porque o tráfego flui bem.
Apesar das críticas, os usuários aprovaram o corredor. "A linha que eu usava mudou, mas agora há menos trânsito", contou o aposentado Miguel Coelho, 65. "Antes, a viagem demorava 45 minutos; agora, são 35", disse a copeira Jéssica de Jesus, 34.


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