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Grupo faz vigília para lembrar vítimas de ataque
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma vigília para lembrar
os recentes ataques reuniu,
na noite de ontem, na região
da praça da Sé, centenas de
representantes de entidades
religiosas e ligadas aos direitos humanos.
O grupo percorreu por
quase quatro horas as ruas
onde ocorreram os ataques e
tentava, entre uma oração e
outra, convencer as pessoas
a ir aos albergues.
O senador Eduardo Suplicy (PT), por exemplo,
convenceu Carlos José Gonçalves, 47, que estava na rua
do Carmo, a ir para uma
unidade municipal.
Alheio ao cortejo que orava ao seu lado e sem conhecer o senador, Gonçalves
disse que nunca havia ido a
um albergue. Suplicy o
acompanhou até um posto
da PM, que o encaminhou.
O ato foi encerrado na praça da Sé, onde várias pessoas
dormiam em cima dos bancos, também em vigília, com
medo de serem atacadas durante a noite. "Ficamos sempre em grupo e enquanto
uns dormem outros permanecem acordados protegendo os amigos", relatou o morador de rua Ricardo Souza
Silva, 28, que passou a madrugada de ontem em claro.
Sentada em cima da mancha de sangue que indicava o
local da morte de sua colega,
Maria, atacada no domingo
na rua Barão de Iguape,
Shirlei Soares Moraes, 54,
não demonstrava estar preocupada com a situação. Disse ter ficado chocada com a
agressão, mas afirma que
não sairá do local. "Tá acontecendo isso em todo lugar,
prefiro continuar aqui."
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