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Procon processa Gol por falta de auxílio a seus passageiros
Atrasos podem render multa de R$ 3,2 mi; companhia aérea diz que não foi notificada
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
O Procon-SP abriu ontem
um processo administrativo
contra a empresa aérea Gol
pela série de atrasos e cancelamentos de voos ocorrida
entre o final de julho e a primeira semana deste mês.
A companhia tem 15 dias
para apresentar sua defesa e
disse que ainda não foi notificada da autuação.
Toda a tramitação deve
durar quatro meses, caso a
Gol use todos os recursos a
que tem direito. Pelo porte da
empresa, o Procon espera
multá-la em R$ 3,2 milhões, o
teto previsto no Código de
Defesa do Consumidor.
O processo decorre da falta
de assistência material, como alimentação, hospedagem e transporte, aos passageiros que tiveram seus voos
cancelados ou atrasados.
"É um absurdo. Esperamos que os problemas não se
repitam mais e a empresa tome medidas preventivas",
diz Roberto Pfeiffer, diretor-executivo do Procon-SP.
"A empresa prestou um
serviço deficiente e precisa
responder pelos danos causados", diz José Eduardo Oliveira, presidente da Comissão de Direito das Relações
de Consumo da OAB-SP.
A Gol disse que um novo
programa de computador
usado nas escalas de trabalho fez com que os tripulantes chegassem perto do limite da carga horária.
Segundo o Procon, a Gol já
foi multada por maus serviços. A empresa já foi condenada em outros três processos, que somam R$ 2 milhões, ainda não pagos e incluídos na dívida ativa do Estado, com cobrança judicial
em andamento.
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