ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL

CAIO GUATELLI
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO

A invasão de cerca de mil camelôs irregulares na região do largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), obriga pedestres a saírem das calçadas, correndo o risco de serem atropelados.
Para agravar a situação dos pedestres, a região também está com trânsito complicado por causa das obras para construção de uma estação de metrô.
Na última segunda-feira, dia 19, a promotora de vendas Jeane Martins, 32, e sua filha Julia, 8, foram atropeladas por um ônibus quando caminhavam fora da calçada da rua Cardeal Arcoverde, que está ocupada por ambulantes. A menina morreu na hora, e a mãe ainda está hospitalizada. Juscelene de Souza, 34, contou que a irmã soube da morte da filha no segundo dia de internação no hospital. "Ela está muito abalada, pois tinha esperança de que a menina pudesse sobreviver. A Julia era a sua única filha", disse.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou, em nota oficial, que "está sendo reavaliada a sinalização no local para verificar a necessidade de adequações que possam melhorar as condições de segurança e fluidez de pedestres e veículos."
De acordo com o coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da Subprefeitura de Pinheiros, José Antonio de Angelis, há 545 camelôs cadastrados para trabalhar na região do largo da Batata, que é considerada "problemática".
"A Subprefeitura de Pinheiros tem, ao todo, cerca de 1.500 ambulantes ilegais. Destes, cerca de mil estão nas imediações do largo da Batata", explicou.
O coordenador promete, a curto prazo, aumentar a fiscalização contra os camelôs em situação irregular no local.
"Vamos organizar ações em conjunto com a polícia e com a Guarda Civil Metropolitana para retirar os ambulantes ilegais", disse Angelis.


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