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BRASIL PROFUNDO
Informação é do Ministério da Saúde, que atribui situação ao longo período de seca dos rios da região
Acre e Amazonas têm epidemia de rotavírus
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O Ministério da Saúde confirmou ontem a epidemia de diarréia aguda provocada pelo rotavírus no Acre e no Amazonas. Nos
dois Estados, de agosto a setembro, morreram 38 crianças com
menos de cinco anos de idade.
A doença é transmitida pela via
fecal-oral, de pessoa para pessoa.
Até então, não havia sido registrada uma disseminação dessa proporção na região amazônica, segundo o coordenador de Vigilância de Doenças Transmissíveis do
ministério, Eduardo Hage.
Segundo ele, as estatísticas
apontam que a epidemia estará
em franca expansão nas duas próximas semanas. "Está ocorrendo
uma epidemia porque o rotavírus
está circulando rapidamente em
uma região que antes não havia
notificação", disse Hage.
Na avaliação do ministério, a
epidemia está relacionada à seca
dos rios. As cidades que enfrentam a epidemia são banhadas pelos rios Purus, Juruá, Solimões e
Madeira, que enfrentam uma estiagem rigorosa. A água que chega
à população está contaminada,
segundo Hage.
Outra razão para o quadro de
alastramento da epidemia do rotavírus é o clima na região, com
temperaturas na faixa dos 37C, o
que facilita a transmissão.
Entre agosto e ontem, o Ministério da Saúde notificou 13.815 casos de diarréia aguda causada por
rotavírus em 14 dos 22 municípios
do Acre. As crianças indígenas
mortas no Acre vivem no município de Santa Rosa do Purus, com
população de 2.440 habitantes,
sendo que 80% são indígenas.
No Amazonas, a doença foi registrada em 22 dos 62 municípios
do Estado, com um total de 4.646
casos notificados.
O Ministério da Saúde afirmou
ontem que equipes técnicas foram deslocados para os dois Estados e informou ainda que está enviando sal de reidratação oral das
vítimas e hipoclorito de sódio para tratamento da água e dos
alimentos.
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