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Freqüentador diz que parque é tranqüilo
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Parece cena de filme,
mas é uma terça no parque
Villa-Lobos, onde um casal namora sob uma árvore, deitado na grama, no
início da primavera. Quase
sozinho -não há nada em
200 m além de bancos,
grama e poucas árvores.
"Se ficar maior, vai ficar
mais vazio", ironiza Jéssica dos Santos, 17, abraçada
a Thiago Silva, 18. Ambos
vieram de Carapicuíba
aproveitar o dia de folga.
Gostaram do parque, mas
o acharam vazio demais.
"O Ibirapuera é melhor,
tem mais gente e dá para
pedir uma cervejinha."
São perfis diferentes.
Quem usa o Villa-Lobos
diariamente mora ao redor, em Alto de Pinheiros
ou na Vila Leopoldina. São
de 3.000 a 5.000 usuários
durante a semana -e, aos
domingos, 30 mil.
É quando a ascensorista
Clemilda das Neves, 50,
prepara a cestinha de lanche, deixa a Lapa, onde
mora, e vai passar o dia
com a filha. Desempregada, ela foi ontem tirar fotos. "Isso é uma delícia,
cheio de verde para tirar
fotos, que boto no Orkut."
No parque, não há lixo,
ciclistas usam a ciclovia
(há bicicletas a R$ 5 a hora), há banheiros limpos e
bebedouros. Os seguranças pedalam, entediados.
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