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Acusado de fraude na merenda é preso
Dono da SP Alimentação é suspeito de participar da máfia da merenda escolar; prisão ocorreu em Higienópolis
Segundo a Promotoria,
ele pagou R$ 175 mil de
propina para que dois
vereadores de Limeira
votassem contra CPI
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Investigado sob suspeita
de fraudar processos licitatórios para o fornecimento de
merenda escolar, o empresário Eloizo Gomes Afonso Durães, dono da SP Alimentação, foi preso preventivamente ontem em Higienópolis (região central de SP).
A prisão ocorreu quando
Durães deixava o prédio onde mora para fazer sua caminhada matinal pelo bairro.
Ao todo, de acordo com investigação do Ministério Público Estadual, a máfia da
merenda escolar pagou cerca
de R$ 280 milhões para funcionários de 35 prefeituras
em propinas num esquema
de desvio de verbas públicas.
Doze policiais civis participaram da operação para
prender Durães, que, inicialmente, tentou não entrar no
carro policial e foi algemado.
Durães foi preso por ordem da Justiça de Limeira
(151 km de SP) por ter sido
acusado pela Promotoria de
pagar propina de R$ 175 mil
para dois vereadores da cidade, em 2007 e 2008.
De acordo com a promotora Regina Helena Fonseca
Fortes Furtado, Durães pagou a propina para que dois
vereadores -Antonio César
Cortez, ainda hoje na Câmara
Municipal local, e o ex-vereador Carlos Gomes Ferraresi-
votassem contra uma CPI para investigar o fornecimento
de merenda na cidade.
Segundo a promotora, o
contrato para o fornecimento
de merenda em Limeira que
deveria ser investigado na
CPI era de R$ 56 milhões.
A Justiça também decretou a prisão preventiva do vereador Cortez, mas ele é candidato a deputado estadual
pelo PV e, pela lei eleitoral,
não pode ser preso 15 dias antes e dois depois da eleição.
Também foram pedidas as
prisões de Ferraresi e de Genivaldo Marques dos Santos,
ex-funcionário da SP Alimentação. A Justiça negou.
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