São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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Liminar adia vestibular da federal do Rio

DA SUCURSAL DO RIO

A Justiça Federal concedeu liminar ontem adiando o vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) previsto para acontecer neste domingo. A UFRJ é a maior universidade federal do país, com 32.164 alunos nos seus 98 cursos de graduação.
A decisão foi do juiz Firly Nascimento Filho, da 5ª Vara Federal. Ele acatou ação cível pública movida pelo procurador da República Daniel Sarmento.
A UFRJ informou que pretende recorrer da decisão. Na ação, Sarmento pede o adiamento do vestibular para os dias 22 e 27 de janeiro e 3 de fevereiro.
Essas datas foram deliberadas pelo Conselho de Ensino e Graduação da universidade.
Os argumentos do procurador são de que a realização do vestibular vai trazer insegurança para os candidatos, e que a realização das provas agora pode trazer prejuízo maior para a universidade, já que há a possibilidade de anulação dos exames e ameaça de protestos por parte dos estudantes.
Além disso, Sarmento alega que o reitor José Henrique Vilhena estaria desrespeitando decisão do Conselho de Ensino.
Apesar da liminar, a comissão de organização do vestibular da universidade informou que está preparada para realizar as provas do concurso no domingo.
De acordo com o coordenador-administrativo da comissão do vestibular, César Scelza, a prova só não acontecerá se houver decisão judicial. ""A comissão está pronta para que a prova aconteça no domingo, mas aqui ninguém vai desobedecer ordem judicial."
Scelza disse ainda que o protocolo para a realização do vestibular será mantido, seguindo modelo dos anos anteriores.
Estão envolvidos na realização do vestibular dois mil funcionários federais em greve. A prova será realizada em 37 pontos do Rio, seis cidades do Estado do Rio e em cinco cidades fora do Estado.
Ontem, durante entrevista para anunciar detalhes do vestibular, estudantes fizeram uma manifestação na porta da sala onde estava a comissão de organização da prova, impedindo a entrada e saída de jornalistas e funcionários. Após uma hora e meia de protestos, o movimento foi contornado com a chegada da PM.



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