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Liminar adia
vestibular da
federal do Rio
DA SUCURSAL DO RIO
A Justiça Federal concedeu liminar ontem adiando o vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) previsto para acontecer neste domingo. A
UFRJ é a maior universidade federal do país, com 32.164 alunos
nos seus 98 cursos de graduação.
A decisão foi do juiz Firly Nascimento Filho, da 5ª Vara Federal.
Ele acatou ação cível pública movida pelo procurador da República Daniel Sarmento.
A UFRJ informou que pretende
recorrer da decisão. Na ação, Sarmento pede o adiamento do vestibular para os dias 22 e 27 de janeiro e 3 de fevereiro.
Essas datas foram deliberadas
pelo Conselho de Ensino e Graduação da universidade.
Os argumentos do procurador
são de que a realização do vestibular vai trazer insegurança para
os candidatos, e que a realização
das provas agora pode trazer prejuízo maior para a universidade,
já que há a possibilidade de anulação dos exames e ameaça de protestos por parte dos estudantes.
Além disso, Sarmento alega que
o reitor José Henrique Vilhena estaria desrespeitando decisão do
Conselho de Ensino.
Apesar da liminar, a comissão
de organização do vestibular da
universidade informou que está
preparada para realizar as provas
do concurso no domingo.
De acordo com o coordenador-administrativo da comissão do
vestibular, César Scelza, a prova
só não acontecerá se houver decisão judicial. ""A comissão está
pronta para que a prova aconteça
no domingo, mas aqui ninguém
vai desobedecer ordem judicial."
Scelza disse ainda que o protocolo para a realização do vestibular será mantido, seguindo modelo dos anos anteriores.
Estão envolvidos na realização
do vestibular dois mil funcionários federais em greve. A prova será realizada em 37 pontos do Rio,
seis cidades do Estado do Rio e
em cinco cidades fora do Estado.
Ontem, durante entrevista para
anunciar detalhes do vestibular,
estudantes fizeram uma manifestação na porta da sala onde estava
a comissão de organização da
prova, impedindo a entrada e saída de jornalistas e funcionários.
Após uma hora e meia de protestos, o movimento foi contornado
com a chegada da PM.
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