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ELEIÇÕES NA USP
Votação paralela aponta Jair Borin como favorito; colegiado tem até as 13h para depositar voto na urna
Primeiro turno tira um da disputa hoje
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um colegiado de 1.500 pessoas
dá início hoje ao processo de escolha do novo reitor da USP (Universidade de São Paulo), no primeiro turno das eleições.
Dos nove candidatos, um vai
cair, e os oito restantes passam ao
segundo turno, no dia 9 de novembro, quando um "coleginho"
de 267 votantes define os três nomes a serem enviados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) -a
quem cabe a escolha final.
O colegiado tem até as 13h para
depositar suas cédulas nas urnas,
instaladas nas unidades e na reitoria. A apuração, manual, começa
às 19h, na Secretaria Geral. A expectativa é que antes do final da
noite já se saiba o resultado.
Os votantes da primeira fase são
formados por 86,6% de professores, 8% de estudantes e 5,4% de
servidores, representantes das
congregações nas unidades.
Escolha paritária
Informalmente, um nome já
surgiu como preferência dentro
da comunidade acadêmica: o do
professor da ECA (Escola de Comunicações e Artes) Jair Borin.
Ele foi o vencedor de uma escolha paritária promovida pela
Adusp (Associação dos Docentes
da USP), pelo DCE (Diretório
Central dos Estudantes), pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e pela APG (Associação dos Pós-Graduandos).
Borin obteve 44,15% dos votos
válidos, contra 46,32% de todos
os outros candidatos somados.
Houve 3,31% de votos em branco
e 6,22% de nulos.
A votação, realizada entre quarta e quinta da semana passada, foi
espontânea e mobilizou 6.469
professores, alunos e funcionários. Em nome da paridade de peso entre as categorias (cerca de
60.000 estudantes, 13.200 funcionários e 4.700 professores), foi
aplicado um fator de cálculo, de
modo que cada uma respondesse
por um terço do total de votos.
O número de estudantes foi
considerado como base. Assim,
cada voto de docente foi multiplicado pelo fator 12,8, e o de funcionário, por 4,5.
Para a reitoria, o resultado não
reflete o que vai acontecer hoje
nas urnas, porque o universo é diferente. A Adusp espera que o resultado se reproduza. "Votaram
as pessoas mais inseridas na vida
acadêmica; são duas amostras [a
da escolha paritária e a de hoje" do
mesmo universo", disse o vice-presidente da entidade, Otaviano
Helene.
Borin diz que o resultado foi significativo, mas deve mudar um
pouco amanhã. "A composição
das congregações tem 90% de
professores titulares, e eles são resistentes a mudanças."
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