São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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ELEIÇÕES NA USP

Votação paralela aponta Jair Borin como favorito; colegiado tem até as 13h para depositar voto na urna

Primeiro turno tira um da disputa hoje

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um colegiado de 1.500 pessoas dá início hoje ao processo de escolha do novo reitor da USP (Universidade de São Paulo), no primeiro turno das eleições.
Dos nove candidatos, um vai cair, e os oito restantes passam ao segundo turno, no dia 9 de novembro, quando um "coleginho" de 267 votantes define os três nomes a serem enviados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) -a quem cabe a escolha final.
O colegiado tem até as 13h para depositar suas cédulas nas urnas, instaladas nas unidades e na reitoria. A apuração, manual, começa às 19h, na Secretaria Geral. A expectativa é que antes do final da noite já se saiba o resultado.
Os votantes da primeira fase são formados por 86,6% de professores, 8% de estudantes e 5,4% de servidores, representantes das congregações nas unidades.

Escolha paritária
Informalmente, um nome já surgiu como preferência dentro da comunidade acadêmica: o do professor da ECA (Escola de Comunicações e Artes) Jair Borin.
Ele foi o vencedor de uma escolha paritária promovida pela Adusp (Associação dos Docentes da USP), pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e pela APG (Associação dos Pós-Graduandos).
Borin obteve 44,15% dos votos válidos, contra 46,32% de todos os outros candidatos somados. Houve 3,31% de votos em branco e 6,22% de nulos.
A votação, realizada entre quarta e quinta da semana passada, foi espontânea e mobilizou 6.469 professores, alunos e funcionários. Em nome da paridade de peso entre as categorias (cerca de 60.000 estudantes, 13.200 funcionários e 4.700 professores), foi aplicado um fator de cálculo, de modo que cada uma respondesse por um terço do total de votos.
O número de estudantes foi considerado como base. Assim, cada voto de docente foi multiplicado pelo fator 12,8, e o de funcionário, por 4,5.
Para a reitoria, o resultado não reflete o que vai acontecer hoje nas urnas, porque o universo é diferente. A Adusp espera que o resultado se reproduza. "Votaram as pessoas mais inseridas na vida acadêmica; são duas amostras [a da escolha paritária e a de hoje" do mesmo universo", disse o vice-presidente da entidade, Otaviano Helene.
Borin diz que o resultado foi significativo, mas deve mudar um pouco amanhã. "A composição das congregações tem 90% de professores titulares, e eles são resistentes a mudanças."




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