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Diretório estudantil recomenda boicote
DA REPORTAGEM LOCAL
Em assembléia anteontem, o
DCE decidiu orientar os estudantes a boicotar as eleições. "Votar
significaria legitimar o processo
indireto, e somos contrários a
ele", disse Wellington Tibério, 25,
coordenador do diretório.
A entidade reclama de autoritarismo e perseguição política da
atual reitoria, que pode punir alunos que fizeram dois protestos este ano, culminando com o cancelamento da votação no Conselho
Universitário da regulamentação
das fundações ligadas à USP.
"Esperamos que a próxima gestão abra o diálogo", disse Tibério
sobre a afirmação do atual reitor,
Jacques Marcovitch, ontem à Folha, de que a discussão sobre fundações foi interrompida com violência e coação (os alunos ocuparam a reitoria em 26 de junho e
impediram os conselheiros de entrar no prédio em 4 de setembro).
"O que ele chama de violência,
nós chamamos de diálogo", disse
Tibério. A reitoria não se pronunciou sobre o assunto ontem.
O procurador-geral da USP,
João Alberto Del Nero, diz que a
ação da reitoria representa o "estrito cumprimento do dever legal". "Não consigo ver autoritarismo num agente administrativo
determinar a apuração de fatos
que tenham causado danos ao patrimônio público [portas e janelas
foram quebradas na ocupação" e
constrangimento físico e moral."
Sindicâncias sobre os casos geraram sete processos administrativos e 13 notificações. "Estamos
sofrendo perseguição política",
diz o aluno de economia Fernando Kleiman, 23, que foi indiciado.
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