São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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ORÇAMENTO DA UNIÃO

Prefeita e governador pedem verbas para projetos de saúde, combate a enchente e habitação

Marta e Alckmin fazem lobby para aprovar emendas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a prefeita Marta Suplicy (PT), que estiveram ontem no Congresso Nacional, querem 99% do dinheiro do Orçamento da União para 2002 que caberá à bancada paulista.
Dos R$ 400 milhões que os congressistas têm para distribuir para todo o Estado, R$ 397,5 milhões foram pedidos por eles em emendas relacionadas a saúde, combate a enchente, segurança e habitação. Alckmin e Marta se reuniram ontem, em horários diferentes, com a bancada paulista para pedir que aprovem os pedidos.
Somente hoje os senadores e deputados vão se reunir para decidir quais os pedidos serão encampados pela bancada.
"Eu conto com o empenho de todos os deputados", disse Marta, que usou com insistência a frase: "São Paulo é a capital de todos".
Marta pediu R$ 164,5 milhões. Quase a metade desse dinheiro (R$ 80 milhões) é para recuperação e aparelhamento de hospitais. "Os hospitais estão caindo."
Outros R$ 47,5 milhões são para obras contra inundações na região doe Pirajussara, um projeto desenvolvido em convênio com o governo do Estado, que atinge cerca de 600 mil habitantes da cidade de São Paulo, Taboão da Serra e Embu.
Ela pediu mais R$ 37 milhões para erradicação de favelas.
O governador também pediu R$ 80 milhões para a área da saúde. Os recursos irão para aparelhamento de hospitais em construção. Mais R$ 95 milhões para combate a enchentes, incluindo obras na região de Pirajussara.
A terceira emenda é de R$ 58 milhões para investimentos em segurança pública: construção de centros de detenção provisória e de ressocialização.

Individuais
O prazo para apresentação das emendas termina na sexta-feira. Além das emendas de bancada, os congressistas podem apresentar propostas individuais. Isso significa que o lobby de Marta e Alckmin pode esbarrar na pretensão de alguns deputados paulistas que poderão apresentar emendas individuais para atender a pedidos de seus redutos eleitorais.
Caso as emendas ultrapassem R$ 400 milhões, caberá à comissão de Orçamento definir quais serão incluídas no texto.
Todos os municípios podem apresentar emendas solicitando verbas da União para 2002.
O relator do Orçamento, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP), acompanhou a exposição de Marta e Alckmin e prometeu analisar as emendas "com carinho", mas não demonstra disposição em atender o pedido dos Estados mais desenvolvidos.


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