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ORÇAMENTO DA UNIÃO
Prefeita e governador pedem verbas para projetos de saúde, combate a enchente e habitação
Marta e Alckmin fazem lobby para aprovar emendas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB) e a prefeita Marta Suplicy
(PT), que estiveram ontem no
Congresso Nacional, querem 99%
do dinheiro do Orçamento da
União para 2002 que caberá à
bancada paulista.
Dos R$ 400 milhões que os congressistas têm para distribuir para
todo o Estado, R$ 397,5 milhões
foram pedidos por eles em emendas relacionadas a saúde, combate a enchente, segurança e habitação. Alckmin e Marta se reuniram
ontem, em horários diferentes,
com a bancada paulista para pedir que aprovem os pedidos.
Somente hoje os senadores e deputados vão se reunir para decidir
quais os pedidos serão encampados pela bancada.
"Eu conto com o empenho de
todos os deputados", disse Marta,
que usou com insistência a frase:
"São Paulo é a capital de todos".
Marta pediu R$ 164,5 milhões.
Quase a metade desse dinheiro
(R$ 80 milhões) é para recuperação e aparelhamento de hospitais.
"Os hospitais estão caindo."
Outros R$ 47,5 milhões são para
obras contra inundações na região doe Pirajussara, um projeto
desenvolvido em convênio com o
governo do Estado, que atinge
cerca de 600 mil habitantes da cidade de São Paulo, Taboão da
Serra e Embu.
Ela pediu mais R$ 37 milhões
para erradicação de favelas.
O governador também pediu
R$ 80 milhões para a área da saúde. Os recursos irão para aparelhamento de hospitais em construção. Mais R$ 95 milhões para
combate a enchentes, incluindo
obras na região de Pirajussara.
A terceira emenda é de R$ 58
milhões para investimentos em
segurança pública: construção de
centros de detenção provisória e
de ressocialização.
Individuais
O prazo para apresentação das
emendas termina na sexta-feira.
Além das emendas de bancada, os
congressistas podem apresentar
propostas individuais. Isso significa que o lobby de Marta e Alckmin pode esbarrar na pretensão
de alguns deputados paulistas que
poderão apresentar emendas individuais para atender a pedidos
de seus redutos eleitorais.
Caso as emendas ultrapassem
R$ 400 milhões, caberá à comissão de Orçamento definir quais
serão incluídas no texto.
Todos os municípios podem
apresentar emendas solicitando
verbas da União para 2002.
O relator do Orçamento, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP),
acompanhou a exposição de Marta e Alckmin e prometeu analisar
as emendas "com carinho", mas
não demonstra disposição em
atender o pedido dos Estados
mais desenvolvidos.
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