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ABASTECIMENTO
Sabesp vai começar a limpar a água hoje
Excesso de poluição em rio leva a racionamento para 1 milhão no ABC
DA REPORTAGEM LOCAL
Esgoto sem tratamento e lixo
provocaram uma proliferação de
algas tão intensa no rio Grande
(um dos que formam a represa
Billings), que obrigou a redução
da produção de água para cerca
de um milhão de moradores de
Santo André, São Bernardo do
Campo e Diadema (ABC). Desde
anteontem, eles enfrentam cortes
no fornecimento e racionamento.
A produção caiu de 4.400 para
3.200 litros por segundo. Se não
fosse assim, algas poderiam permanecer na água após o seu tratamento -o que é proibido pela
Secretaria de Estado da Saúde.
"É a primeira vez que temos
uma [proliferação de algas] dessa
intensidade", afirmou ontem
Amauri Pollachi, gerente de produção da Unidade Sul da Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O fato pode ser inédito, mas
suas causas são conhecidas: ocupação desordenada da região de
mananciais -ancorada na omissão do poder público e na ausência de políticas populares de habitação- e falta de saneamento.
Não há previsão de quando a
produção será normalizada. A Sabesp colocou barreiras físicas (espécies de rede) no corpo do rio e
começa hoje a limpar quimicamente a água.
(MV)
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