São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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ABASTECIMENTO

Sabesp vai começar a limpar a água hoje

Excesso de poluição em rio leva a racionamento para 1 milhão no ABC

DA REPORTAGEM LOCAL

Esgoto sem tratamento e lixo provocaram uma proliferação de algas tão intensa no rio Grande (um dos que formam a represa Billings), que obrigou a redução da produção de água para cerca de um milhão de moradores de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema (ABC). Desde anteontem, eles enfrentam cortes no fornecimento e racionamento.
A produção caiu de 4.400 para 3.200 litros por segundo. Se não fosse assim, algas poderiam permanecer na água após o seu tratamento -o que é proibido pela Secretaria de Estado da Saúde.
"É a primeira vez que temos uma [proliferação de algas] dessa intensidade", afirmou ontem Amauri Pollachi, gerente de produção da Unidade Sul da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O fato pode ser inédito, mas suas causas são conhecidas: ocupação desordenada da região de mananciais -ancorada na omissão do poder público e na ausência de políticas populares de habitação- e falta de saneamento.
Não há previsão de quando a produção será normalizada. A Sabesp colocou barreiras físicas (espécies de rede) no corpo do rio e começa hoje a limpar quimicamente a água. (MV)


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