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Falta velocidade
de reação, diz
ex-secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Falta à polícia paulista velocidade de reação para combater
com eficácia as explosões criminosas. É essa a opinião do
ex-secretário da Segurança Pública Eduardo Muylaert.
"O sequestro virou uma atividade de risco baixo, o que mostra que a ação policial não está
acompanhando o aumento dos
crimes. A polícia tem baixa velocidade de reação. Só reage
depois da gritaria", diz Muylaert, advogado criminalista.
A opinião é muito semelhante a do doutor em sociologia
Luís Antônio de Souza, pesquisador do NEV (Núcleo de Estudos da Violência), da USP.
Para ambos, o diagnóstico do
Estado -de que está havendo
uma migração dos criminosos- é muito razoável. Mas
falta uma resposta mais ágil a
essa tendência.
"Quando o sequestro vira a
melhor forma de o criminoso
levantar dinheiro, isso mostra
que o Estado não estava preparado para combatê-lo."
O Estado anunciou o reforço
da Divisão Anti-Sequestro em
agosto, após o sequestro da filha de Silvio Santos e quando
os crimes já chegavam a 102 no
ano. Agora, diz que fará um
banco de dados para traçar um
perfil de vítimas e criminosos.
O caminho da informação e da
inteligência policial, embora
tardio, na opinião dos analistas, é o único eficiente.
(SC)
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