São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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Falta velocidade de reação, diz ex-secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Falta à polícia paulista velocidade de reação para combater com eficácia as explosões criminosas. É essa a opinião do ex-secretário da Segurança Pública Eduardo Muylaert.
"O sequestro virou uma atividade de risco baixo, o que mostra que a ação policial não está acompanhando o aumento dos crimes. A polícia tem baixa velocidade de reação. Só reage depois da gritaria", diz Muylaert, advogado criminalista.
A opinião é muito semelhante a do doutor em sociologia Luís Antônio de Souza, pesquisador do NEV (Núcleo de Estudos da Violência), da USP.
Para ambos, o diagnóstico do Estado -de que está havendo uma migração dos criminosos- é muito razoável. Mas falta uma resposta mais ágil a essa tendência.
"Quando o sequestro vira a melhor forma de o criminoso levantar dinheiro, isso mostra que o Estado não estava preparado para combatê-lo."
O Estado anunciou o reforço da Divisão Anti-Sequestro em agosto, após o sequestro da filha de Silvio Santos e quando os crimes já chegavam a 102 no ano. Agora, diz que fará um banco de dados para traçar um perfil de vítimas e criminosos. O caminho da informação e da inteligência policial, embora tardio, na opinião dos analistas, é o único eficiente. (SC)

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