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Patrícia se recusa a depor com acusados
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao contrário do que fez o pai,
Silvio Santos, a estudante Patrícia
Abravanel preferiu ser ouvida pela polícia sem que os cinco acusados de tê-la sequestrado estivessem presentes. No depoimento,
ontem, ela contou ter passado
quatro dos sete dias de cativeiro
amarrada à cama, por um fio preso à parede, dentro de um quarto
com as janelas pregadas.
Antes de depor, Patrícia reconheceu Fernando Dutra Pinto,
seu irmão Esdra e Luciana dos
Santos Sousa como sendo os sequestradores. Ela hesitou em
apontar Marcelo Batista Santos,
27, e Tatiana Pereira da Silva, 18,
como integrantes do grupo.
Segundo Patrícia, apenas no sábado, quarto dia do sequestro, ela
foi mudada de quarto, parou de
ser amarrada e jogou baralho com
Dutra Pinto, Esdra e Luciana.
A noite de domingo aparece como a que ela mais teve medo. Um
dos sequestradores, que normalmente era calmo, invadiu seu
quarto aparentando estar drogado. Ela disse não ter sido agredida.
Patrícia foi libertada após o pagamento de R$ 500 mil. Segundo
o empresário Guilherme Stoliar,
que entregou o resgate aos sequestradores, foram necessárias
dez ligações para fechar o acordo.
O grupo queria US$ 2 milhões
mais R$ 2 milhões. Em um dos
contatos, disse Stoliar, os sequestradores colocaram uma gravação, na qual Patrícia ""pedia para
que eles resolvessem logo [o caso"
para que ela fosse libertada".
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