São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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Patrícia se recusa a depor com acusados

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do que fez o pai, Silvio Santos, a estudante Patrícia Abravanel preferiu ser ouvida pela polícia sem que os cinco acusados de tê-la sequestrado estivessem presentes. No depoimento, ontem, ela contou ter passado quatro dos sete dias de cativeiro amarrada à cama, por um fio preso à parede, dentro de um quarto com as janelas pregadas.
Antes de depor, Patrícia reconheceu Fernando Dutra Pinto, seu irmão Esdra e Luciana dos Santos Sousa como sendo os sequestradores. Ela hesitou em apontar Marcelo Batista Santos, 27, e Tatiana Pereira da Silva, 18, como integrantes do grupo.
Segundo Patrícia, apenas no sábado, quarto dia do sequestro, ela foi mudada de quarto, parou de ser amarrada e jogou baralho com Dutra Pinto, Esdra e Luciana.
A noite de domingo aparece como a que ela mais teve medo. Um dos sequestradores, que normalmente era calmo, invadiu seu quarto aparentando estar drogado. Ela disse não ter sido agredida.
Patrícia foi libertada após o pagamento de R$ 500 mil. Segundo o empresário Guilherme Stoliar, que entregou o resgate aos sequestradores, foram necessárias dez ligações para fechar o acordo.
O grupo queria US$ 2 milhões mais R$ 2 milhões. Em um dos contatos, disse Stoliar, os sequestradores colocaram uma gravação, na qual Patrícia ""pedia para que eles resolvessem logo [o caso" para que ela fosse libertada".



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