São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 2002

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PORTO SEGURO

Sete jovens estão presos

Soltura de acusado de matar garçom é negada

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO SEGURO

O juiz da Vara Criminal de Porto Seguro, Cássio Miranda, 41, negou ontem o pedido de habeas corpus para o estudante Mauro Coelho de Souza, 19, acusado de participar da briga que resultou na morte do garçom Nelson Simões dos Santos, 39, há uma semana, em um restaurante.
No despacho, o juiz diz que não houve vícios formais ou materiais no auto de flagrante. Na sentença, citou o escritor Graciliano Ramos. "Nos regimes ditatoriais, por exemplo, nega-se, amiúde, esse direito, como aconteceu com o escritor Graciliano Ramos, preso [entre 1936 e 1937] durante a ditadura Vargas. Não foi, nem de longe, o que aconteceu com o indiciado, que teve os direitos constitucionais respeitados, inclusive o de permanecer calado e poder comunicar a prisão à família."
O advogado de Souza, Loredano Aleixo Júnior, disse que vai impetrar outro pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça.
Segundo a polícia, o garçom foi morto a socos, pontapés e cadeiradas por sete estudantes de Brasília, dois deles menores. Além de Souza, estão presos na Delegacia de Proteção ao Turista de Porto Seguro Fernando Ferreira Von Sperling, Victor Tadeu Antunes Araújo, Artur Alencar Ferreira de Melo e Thiago Barroso Marnet (todos com 19 anos).
Até a conclusão desta edição, o juiz ainda apreciava o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público contra os cinco.
Os menores A.P.M., 17, e F.M.R., 17, estão em uma sala especial da delegacia do município. Ontem, o juiz marcou para a próxima quarta audiência para ouvir os menores. Na sentença, determinou que os dois deverão aguardar a audiência em Porto Seguro.


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