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PORTO SEGURO
Sete jovens estão presos
Soltura de acusado de matar garçom é negada
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO SEGURO
O juiz da Vara Criminal de Porto Seguro, Cássio Miranda, 41, negou ontem o pedido de habeas
corpus para o estudante Mauro
Coelho de Souza, 19, acusado de
participar da briga que resultou
na morte do garçom Nelson Simões dos Santos, 39, há uma semana, em um restaurante.
No despacho, o juiz diz que não
houve vícios formais ou materiais
no auto de flagrante. Na sentença,
citou o escritor Graciliano Ramos. "Nos regimes ditatoriais,
por exemplo, nega-se, amiúde, esse direito, como aconteceu com o
escritor Graciliano Ramos, preso
[entre 1936 e 1937] durante a ditadura Vargas. Não foi, nem de longe, o que aconteceu com o indiciado, que teve os direitos constitucionais respeitados, inclusive o
de permanecer calado e poder comunicar a prisão à família."
O advogado de Souza, Loredano Aleixo Júnior, disse que vai
impetrar outro pedido de habeas
corpus no Tribunal de Justiça.
Segundo a polícia, o garçom foi
morto a socos, pontapés e cadeiradas por sete estudantes de Brasília, dois deles menores. Além de
Souza, estão presos na Delegacia
de Proteção ao Turista de Porto
Seguro Fernando Ferreira Von
Sperling, Victor Tadeu Antunes
Araújo, Artur Alencar Ferreira de
Melo e Thiago Barroso Marnet
(todos com 19 anos).
Até a conclusão desta edição, o
juiz ainda apreciava o pedido de
prisão preventiva feito pelo Ministério Público contra os cinco.
Os menores A.P.M., 17, e
F.M.R., 17, estão em uma sala especial da delegacia do município.
Ontem, o juiz marcou para a próxima quarta audiência para ouvir
os menores. Na sentença, determinou que os dois deverão aguardar a audiência em Porto Seguro.
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