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Piloto de helicóptero abatido só teve 90 segundos para pousar
DA SUCURSAL DO RIO
Com a mão enfaixada devido
a queimaduras, o capitão da PM
Marcelo Vaz de Souza, comandante do helicóptero abatido
por traficantes no último sábado no Rio, afirmou ontem que,
após o tiro, foi obrigado a pousar em 90 segundos. Apesar de
considerar que não teve culpa
pela morte de três colegas, disse ter pedido desculpas às famílias das vítimas: "Era a minha
equipe, eu era o comandante."
Souza disse que o painel do
helicóptero não acusou de imediato a presença de fogo, mas
que foi possível sentir o impacto dos tiros. "Não foi só um, foram vários, e a tripulação gritando que tinha fogo, que tinha
sido alvejada... Eu procurei naquele momento me abstrair.
Tinha que levar aquela máquina para pouso", contou.
O capitão afirmou ter se lembrado de uma pedreira onde
poderia descer com a aeronave.
Quando estava a caminho, porém, avistou o campo de futebol. Segundo ele, o helicóptero
não caiu nem explodiu.
Souza disse que, no momento em que descia do helicóptero, ainda era possível ouvir disparos de tiros nas proximidades. Os soldados Ednei Canazaro e Marcos Stadler não conseguiram sair e morreram. O cabo
Izo Gomes Patrício, baleado na
perna, morreu dois dias depois.
"Eu saí, o capitão Marcelo
Mendes saiu e o cabo Patrício
também saiu, apesar de estar
com um tiro na perna. O cabo
Fernandes estava próximo à
aeronave, eu o arrastei e levei
para um local mais seguro".
O comandante do GAM
(Grupamento Aeromarítimo),
tenente-coronel Eduardo Luiz
Brandão Ribeiro, afirmou que a
corporação irá desenvolver
uma nova metodologia de uso
dos helicópteros de apoio.
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