São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

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CÉLIO LEÃO BORGES
(1916-2009)


Um aventureiro que foi prefeito e fazendeiro em GO

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O que Célio Leão Borges fazia quando não estava em casa ele resolveu contar num livro, para justificar à família suas ausências: longe dali, desbravava terras desconhecidas e vivia boas aventuras.
Numa delas, devidamente registrada no "Memórias de Goiás", ele viajava num monomotor com um amigo, quando teve de fazer um pouso de emergência. Desceu na avenida principal de Uberlândia (MG), parando a poucos metros de um caminhão.
Alguns voos foram tranquilos -e até românticos. Certa vez, dizia, sobrevoou a casa onde vivia e atirou um bilhetinho amoroso para a mulher.
Sua principal atividade, porém, não foi como piloto: era fazendeiro e teve mais de 20 propriedades, onde se dedicou a criar gado. Ultimamente, tinha apenas uma.
Além de ter cuidado dos próprios negócios, Célio arriscou-se também como gestor público. De uma família de políticos (o cunhado e o sobrinho foram governadores de GO), foi prefeito das cidades goianas de Rio Verde (nos anos 40) e de São Simão (nos 60), esta última criada por ele.
No livro, conta que o maior patrimônio que deixou foi a família. Era tão generoso e educado com todos que mesmo o enfermeiro que cuidava dele estava ao prantos em seu enterro, afirmam os netos.
Morreu no domingo, aos 92, de complicações de uma cirurgia na perna -havia caído e fraturado o fêmur. Deixa filhos, netos e bisnetos. A missa de sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja Nossa Sra. do Perpétuo Socorro, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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