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ANTÔNIO BONI (1926-2008)
Os táxis de Boni rodaram com álcool
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
No começo dos anos 1980,
após crise do petróleo, toda a
frota de Antônio Boni parou.
O preço exorbitante da gasolina impedia que seus táxis
rodassem por São Paulo.
Boni quis virar o jogo: converteu todos os carros para o
álcool. "Ele foi um dos primeiros a apostar no combustível", lembra o filho.
Filho de agricultores nascido em Presidente Prudente, a 558 km de SP, Boni -como era chamado- veio à capital paulista aos 16 anos, sozinho. Depois que se estabilizou na cidade, parte de seus
irmãos seguiu seu exemplo.
Começou como aprendiz
e, com o passar do tempo,
tornou-se mecânico de automóveis na Mooca, na zona
leste de São Paulo. "Sempre
apareciam muitos taxistas
na oficina, e ele passou a se
interessar pela profissão.
Naquela época [década de
1950], o motorista ainda era
chamado de chofer", conta o
filho. E era exatamente chofer o que Boni queria ser.
Com o primeiro carro que
comprou, trabalhava num
ponto da praça da República
(centro). Depois, começou a
comprar mais e mais carros e
montou uma frota. Nos anos
70, com uma lei baixada para
regularizar o setor, montou
uma empresa, a Táxi Belém.
Atualmente, trabalhava com
cerca de 120 automóveis.
Boni morreu na segunda,
aos 82, em conseqüência de
um câncer. Deixa viúva, cinco filhos e dez netos.
A missa de sétimo dia será
realizada hoje, às 19h30, na
igreja Cristo Rei, no Tatuapé,
zona leste de São Paulo.
obituario@grupofolha.com.br
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