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ANÁLISE
UPPs são passo importante, mas insuficiente para combater crime
PLÍNIO FRAGA
DO RIO
As UPPs são um importante instrumento para a redução da criminalidade no Rio,
mas não são suficientes para
fazê-la por si sós.
Onde foram criadas, as
UPPs têm apresentado bons
resultados, medidos por indicadores razoavelmente
confiáveis. Persistem vozes
que apontam arbitrariedade,
violência e achaques por parte da polícia, mas em níveis
menores do que antes.
Ao reassumir o controle
para o Estado, as UPPs aniquilam pontos de vendas de
drogas, origem do dinheiro
que compra armas necessárias à manutenção das áreas
de influência dos traficantes.
Resta ao tráfico buscar recursos por meio de outros tipos de crime e, obviamente,
insurgir-se contra a continuidade e ampliação das UPPs.
Do lado policial, o deficit
de homens na tropa dificulta
a expansão das unidades em
favelas e a ronda nas ruas,
necessárias contra a criminalidade cotidiana. Para recrutar homens, a polícia precisa
de mais verbas. O investimento total é estimado em
R$ 4 bilhões (UPPs, pessoal,
veículos e equipamentos).
Homicídios e roubos de
rua estão em queda, mas enfrentaram picos de alta, mostrando a instabilidade dos resultados obtidos até aqui.
Não há solução fácil nem
barata para reduzir a criminalidade. Mais planejamento, mais recursos e mais investigação são requisitos mínimos para uma política de
segurança eficiente. O Rio
progrediu, mas continua
muito longe do desejável.
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