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TEMPO NA ESCOLA
4,6 milhões de alunos da rede estadual paulista passam cinco horas por dia em sala de aula
SP e DF aumentam carga horária
Marlene Bérgamo/Folha Imagem
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A professora Clotilde O. Matos dá aula de História na EEPSG Professor Ennio Voss, em SP, que tem carga horária de cinco horas
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da Reportagem Local
O Estado de São Paulo e o Distrito Federal são os únicos que já
adotaram a carga horária de cinco horas em suas escolas públicas. Em São Paulo, a carga horária de cinco horas passou a ser
adotada em algumas escolas a
partir de 1995.
O número de instituições com
carga horária ampliada aumentou nos últimos anos, mas ainda
não atinge todas as escolas.
Segundo a Secretaria de Estado
da Educação de São Paulo, dos
6,1 milhões de alunos na rede estadual, 4,6 milhões já estão estudando com cinco horas diárias
de carga horária.
De acordo com a assessoria de
imprensa da secretaria, a maioria dos alunos que ainda estudam quatro horas estão no período noturno.
Neste ano, por conta da LDB
(Lei de Diretrizes e Bases), as escolas estaduais de São Paulo alteraram o número e a duração
das aulas para o ensino fundamental e médio.
Até 97, os alunos que tinham
seis aulas de 50 minutos passaram a ter cinco aulas de 60 minutos. E as que tinham cinco aulas
de 40 minutos passaram a ter
quatro aulas de 60 minutos (período noturno).
Segundo a secretaria, a mudança permite um maior aproveitamento das aulas porque a
duração incluía o tempo de deslocamento dos professores.
"De fato, as aulas duravam de
30 a 40 minutos. Neste ano, o
aluno continua com cinco horas
diárias, mas ele sai ganhando
porque a aula de 60 minutos se
torna mais produtiva", diz
Cleusa Silva Pulice, diretora da
Escola Estadual de Primeiro e
Segundo Grau Ennio Voss, no
Brooklin, zona sul de São Paulo.
De acordo com o ministro
Paulo Renato Souza (Educação),
a alteração de 180 para 200 dias
letivos, realizada neste ano, já
ameniza a posição do Brasil no
ranking.
Segundo ele, além de São Paulo
e Distrito Federal, os outros Estados tendem a aumentar a carga
horária paulatinamente até chegar a ser integral.
"Isso se consegue construindo
novas escolas e tendo maior planejamento educacional. Há locais onde sobram vagas e outros
em que faltam muitas. É preciso
criar novas escolas onde está a
população", diz.
(PRISCILA LAMBERT)
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