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FUNCIONALISMO
Protesto é por salários atrasados
Professores do MS iniciam greve de fome
RUBENS VALENTE
da Agência Folha, em Campo Grande
Seis professores da rede estadual
de Mato Grosso do Sul começaram ontem uma greve de fome pelo pagamento dos salários atrasados de outubro e por um calendário de pagamento dos meses de
novembro, dezembro e 13º salário.
Sob um calor de 32C, os professores montaram ontem pela manhã duas barracas no canteiro da
avenida Afonso Pena, centro de
Campo Grande, em frente ao relógio comemorativo dos 500 anos
do descobrimento do Brasil, inaugurado no sábado.
Os professores -três homens e
três mulheres- iniciaram a greve
de fome às 9h e disseram que tomarão apenas água e soro fisiológico enquanto durar o protesto.
Eles pretendem ficar no local até o
pagamento dos salários.
Os professores estaduais estão em
greve desde o dia 15 de novembro,
em protesto contra o atraso do pagamento de outubro, que deveria
ocorrer até o 5º dia útil de novembro. O pagamento está sendo feito
de forma escalonada, atendendo
até agora cerca de 50% dos trabalhadores em educação.
A adesão à paralisação, segundo o
vice-presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação, Jaime Teixeira, 38, era ontem de 40%
dos 18 mil professores e 6.000 servidores administrativos da Educação, cuja folha de pagamento é de
R$ 9 milhões mensais.
Teixeira, que está em greve de fome, disse que o protesto foi definido em assembléia de professores
como "uma atitude extremada".
A Secretaria da Educação informou que não tem estimativa da
adesão à greve nem da data do pagamento do restante da folha de
outubro.
Outras áreas
O atraso no pagamento também
atinge outras áreas do serviço público estadual. Os policiais civis
deflagraram greve no último sábado. A adesão, segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Volindomar Paimel,
36, teria chegado ontem a 80% dos
1.380 policiais civis do Estado.
A assessoria do secretário da Segurança Pública, Joaquim d'Assunção, informou que ele passou
o dia reunido com o secretário das
Finanças, José Ancelmo dos Santos, para liberar o pagamento. A
secretaria não tem estimativa da
adesão dos policiais à greve.
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