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Venda de passagens da TAM vai ser investigada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) anunciou que a
TAM será investigada ao longo
da semana e poderá ser multada se ficar provado que vendeu
passagens acima da capacidade
de seus aviões (overbooking)
ou em vôos para os quais não tinha aviões. Também serão realizadas fiscalizações em todas
as centrais de reserva e operações das outras empresas.
O presidente da Anac, Milton
Zuanazzi, não descarta intervenções para que os problemas
não se repitam.
Oficialmente, porém, o "problema" da TAM não foi especificado, além da evidente falta
de aviões para voar as rotas regulares. A frota da TAM é de 95
aviões, 85 deles em rotas nacionais. Segundo Zuanazzi, só 75
estavam em operação ontem.
O governo nega que a TAM
tenha incorporado rotas que
eram da Varig para as quais não
teria capacidade operacional,
principal hipótese estrutural
para a "perda de controle da
malha da empresa". Segundo a
Anac, nenhuma autorização é
emitida sem que se "mostre o
avião". "É impossível isso acontecer", disse Zuanazzi.
Depois de ser obrigada a suspender a venda de passagens, a
TAM precisou fretar 14 aviões
para levar passageiros que já
aguardam nos aeroportos. Oficialmente, só há confirmação
da retirada temporária de seis
Airbus 320 para uma manutenção não-programada na quarta
-o que não é infração.
Sem retirar a culpa da TAM, a
Anac afirmou que outros atrasos foram causados por dificuldades com falta de controladores do Cindacta-2, que controla
o espaço aéreo da região Sul e
metade de São Paulo. Segundo
Zuanazzi, ocorreu controle de
fluxo (espaçamento entre aeronaves) por cerca de uma hora.
Profissionais também citam
a falta de tripulações. As empresas costumam manter equipes enxutas. Quando há atrasos, muitos pilotos e comissários ficam à espera em seu horário de serviço. Dependendo
da demora, eles não podem
mais decolar porque a jornada
diária (de 11 horas em vôos nacionais simples) já está prestes
a se esgotar.
(LEILA SUWWAN)
Colaborou a Reportagem Local
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