São Paulo, quinta, 24 de dezembro de 1998

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Maluf nega pedido para manter aliados

da Reportagem Local

A assessoria de imprensa do ex-prefeito Paulo Maluf afirmou que ele não pediu para o prefeito de São Paulo, Celso Pitta, manter seus amigos e aliados políticos Reynaldo de Barros e Edevaldo Alves da Silva no governo.
Segundo a assessoria, Paulo Maluf jamais tentou interferir nas decisões do prefeito e na composição da sua equipe de trabalho.
Pitta afirmou à Folha que avisou Maluf que substituiria os secretários mais próximos a ele, mas que isso não tinha nada de pessoal. "Tive essa delicadeza", afirmou.
Reynaldo de Barros era secretário de Vias Públicas e de Serviços e Obras. Edevaldo Alves da Silva, secretário de Governo.
O prefeito disse que Paulo Maluf ponderou apenas que, no momento do anúncio público da troca, deveria ressaltar o excelente trabalho que os secretários fizeram na administração.
"Achei por bem fazer essa ressalva e falar do desempenho dos dois", afirmou Pitta.
Sobre as críticas feitas pela primeira-dama, Nicéa Pitta, Edevaldo Alves da Silva fez apenas uma declaração: "Continuo mantendo o maior respeito e admiração pela primeira-dama da cidade de São Paulo, Nicéa Pitta. Não tenho o que comentar."

"Pitta mudou"

Na semana passada, Maluf divulgou uma nota afirmando que "desde o final de outubro parece que o prefeito Celso Pitta mudou", em referência ao período das eleições ao governo, em que foi derrotado. O segundo turno foi realizado em 25 de outubro.
A primeira-dama, Nicéa Pitta, diz que ninguém mudou. "É que só agora ele está nos conhecendo melhor. Na época em que foi prefeito e depois, candidato, talvez não tenha tido tempo", disse.
Celso Pitta reagiu com ironia. "Não sei, estou bem, você não acha? Acho que não mudei não. Acredito que a opinião pública é que tem uma outra visão, para melhor, em relação a mim e à minha administração."
Na nota distribuída por Maluf, o ex-prefeito declarou que "Celso Pitta é que deve refletir sobre o que falou, na certeza de que os paulistas vão fazer o seu julgamento".
"Concordo com ele, vamos deixar que o cidadão faça o seu julgamento", repetiu Pitta, sempre insistindo que não pretende romper com Maluf. "Continuo seu amigo", afirmou.
(CT e RG)


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