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Venda de antibiótico exigirá retenção de receita médica
da Sucursal de Brasília
da Reportagem Local
O Ministério da Saúde vai intensificar o controle da venda de
antibióticos. Até o fim desta semana, será publicada uma portaria que exige a retenção da receita
médica para a venda de todos os
medicamentos dessa classe.
De acordo com o ministro José
Serra (Saúde), a portaria é uma
medida de proteção para a saúde
dos brasileiros, evitando que as
receitas sejam utilizadas mais que
uma vez.
"Na prática, a venda hoje é livre,
o que estimula a automedicação.
No caso de antibióticos, pode ter
consequências graves, como o
desenvolvimento de bactérias resistentes a esses medicamentos",
diz Serra.
"É um absurdo que um remédio como o Bactrin (antibacteriano) seja, na prática, de venda livre
nas farmácias. Por isso vamos
apertar os controles nesse sentido."
Atualmente, apenas os remédios de controle rígido, como psicotrópicos e entorpecentes, requerem recolhimento de receita.
O presidente da Sobravime (Sociedade Brasileira de Vigilância
de Medicamentos), José Ruben
Bonfim, sugeriu que o governo
estenda a portaria a outros medicamentos, como antiinflamatórios e anticoncepcionais. "Para
esta medida ter lógica, todas as
receitas deveriam ser retidas."
Para ele, não existe automedicação no país, mas a indução provocada pela propaganda de remédios nos meios de comunicação. "No Brasil, as pessoas não
têm a mínima noção do que é o
remédio que estão tomando. Por
isso, o termo automedicação está
errado."
Bonfim afirmou que antes de
fazer a portaria, o governo deveria fazer uma campanha educativa alertando a população para os
riscos da compra de remédios
sem a receita médica.
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