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Operação policial em favela para buscar autores de ataques no Rio deixa 5 mortos
DA SUCURSAL DO RIO
Cinco homens foram mortos
na manhã e na tarde de ontem
durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar na
favela Vila Cruzeiro, na Penha
(zona norte do Rio). Todos eles
seriam traficantes, de acordo
com a polícia. Outros 15 suspeitos foram presos.
Segundo o secretário de Segurança Pública, José Mariano
Beltrame, um dos objetivos da
ação era prender suspeitos de
terem liderado os ataques na
região metropolitana do Rio no
final do ano passado, quando 19
pessoas (12 inocentes e sete supostos criminosos) foram mortos. Buscava também apreender armas e drogas e cumprir
mandados de prisão.
A operação começou ainda
de madrugada. Cerca de 250
policiais civis e militares da Core (Coordenadoria de Recursos
Especiais), da Delegacia de
Roubos e Furtos de Cargas e do
Bope (Batalhão de Operações
Especiais da PM) ocuparam a
favela e foram recebidos a tiros
pelos traficantes.
Durante toda manhã e parte
da tarde, os policiais vasculharam vários pontos da Vila Cruzeiro. Houve muitos tiroteios
no período. Encurralados pelos
traficantes, os policiais tiveram
de pedir reforço. Helicópteros
foram usados. Os criminosos
subiram em lajes para atirar
nos policiais.
Seis pessoas foram baleadas
nos confrontos. Cinco morreram. Um ferido, que teria menos de 18 anos, foi internado no
hospital Salgado Filho, no
Méier (zona norte). Os nomes
não foram divulgados até a conclusão desta edição.
A polícia diz ter apreendido
quatro granadas, seis pistolas,
um fuzil, um revólver, quatro
carregadores para fuzil, quatro
celulares, um radiotransmissor, 1.300 trouxinhas de maconha e 350 de cocaína.
Os tiroteios levaram os comerciantes a fechar as lojas nas
imediações da Vila Cruzeiro.
Com medo, moradores se esconderam em suas casas.
Segundo o secretário, parte
dos ataques de dezembro foi
tramada na Vila Cruzeiro porque a favela é uma das principais bases de atuação da facção
criminosa CV (Comando Vermelho). Um dos 15 presos é o
traficante conhecido como Doca, irmão de Antônio Ferreira
da Silva, o Tota, principal líder
do CV em liberdade.
(MARIO HUGO MONKEN)
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