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Ação pede interdição da pista principal de Congonhas
Ministério Público Federal argumenta que há riscos de acidentes em razão das chuvas; desde março, segundo órgão, houve 4 derrapagens
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Federal
ajuizou ação, ainda não julgada
pela Justiça, que pede a interdição imediata da pista principal
do aeroporto de Congonhas
(zona sul de São Paulo) em razão de riscos de acidentes.
Desde março, segundo levantamento do órgão, houve quatro derrapagens no aeroporto,
que teriam sido causadas pelo
excesso de água e pelo acúmulo
de borracha de pneus na pista.
Em 28 de dezembro, a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) determinou que, em chuvas fortes, o aeroporto fosse interditado para avaliar se a lâmina d'água poderia dificultar ou
até impedir as operações.
Desde anteontem, por conta
das sucessivas interdições e os
conseqüentes atrasos, passou a
ser usado um modelo para medir a quantidade de água na pista, com cálculos baseados no
volume de chuva.
Na ação, os procuradores
também alegam que, mesmo
com as interdições nos períodos de chuva, houve outro acidente, na quarta-feira da semana passada, o que indicaria que
o esquema não é suficiente.
A pista fica alagada, segundo
a Infraero (estatal que administra os aeroportos), porque o sistema de drenagem não consegue retirar a água acumulada. O
problema só será solucionado
após as reformas programadas
para este ano.
Procuradas pela Folha, a Infraero e a Anac não se pronunciaram sob a alegação de não
terem sido informadas oficialmente da ação.
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