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CRIME
Produtora de cinema é presa no Rio sob acusação de injúria racial
DA SUCURSAL DO RIO
A produtora de cinema
Ana Cristina Azevedo de Paiva, 40, foi presa na noite de
anteontem após ter sido acusada do crime de injúria racial por uma funcionária de
uma lanchonete em um cinema na Barra da Tijuca, zona
oeste do Rio. Ela foi liberada
da 16ª DP ontem, após conseguir um habeas corpus.
Segundo depoimento de
Agatha Damasceno Fernandes, Ana Cristina discutiu
com ela na hora de pagar
uma pipoca antes de uma
sessão de cinema no shopping Downtown e, irritada, a
chamou de "neguinha da Rocinha". Testemunhas confirmaram a versão à polícia.
A discussão começou
quando Ana Cristina tentou
pagar a conta com um cartão
de débito. Agatha teria tentado, sem sucesso, aprovar o
débito, e Ana Cristina teria
reclamado que ela estava de
má vontade e era incompetente, segundo versão de testemunhas e de Agatha.
A suposta vítima teria respondido que, se a cliente a
achava incompetente, deveria, ela mesmo, tentar passar
o cartão e aprovar a compra.
Ana Cristina teria dito que
"essa neguinha da Rocinha é
uma péssima funcionária".
A Folha tentou falar com
Ana Cristina e com sua advogada, mas não teve sucesso.
O delegado Rafael Willis, da
16ª DP, afirma que a acusada
alegou que estava de cabeça
quente e tentou pedir desculpas, que não foram aceitas. O crime de injúria com
cunho racial prevê multa e
reclusão de um a três anos.
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