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Documento comprova venda de medicamentos interditados
RAQUEL LIMA
free-lance para a Folha Campinas
A Vigilância Sanitária e a Polícia
Civil de Atibaia (SP) encontraram
ontem documentos que comprovam que o proprietário da Luma
Indústria Farmacêutica de Atibaia, Rubens Guimarães Jorge,
comercializou medicamentos interditados pelo órgão de saúde. A
vigilância e a polícia vistoriaram a
casa e a indústria de Jorge.
Hoje, o Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da
Saúde deve publicar no "Diário
Oficial" o decreto de interdição
cautelar dos 40 medicamentos
produzidos pela indústria. Com a
medida, os medicamentos ficam
proibidos de serem comercializados e utilizados.
De acordo com a diretora do
Centro de Vigilância Sanitária,
Marisa Lima Carvalho, a vigilância tem 90 dias para investigar as
denúncias e decidir sobre o possível recolhimento dos produtos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária em Brasília anunciou
ontem que vai cassar a licença de
funcionamento da Luma.
O anúncio foi feito pelo gerente
de divisão de medicamentos do
órgão, Maurício Viana, por meio
da assessoria de imprensa.
Na última quarta-feira, os 60
funcionários da indústria denunciaram diversas irregularidades
do local à Vigilância Sanitária e
registraram boletim de ocorrência. Entre as denúncias, estão a de
falta de higiene, remarcação das
datas de remédios que estavam
próximas de vencer e do nome do
farmacêutico responsável, além
da reutilização de material.
De acordo com funcionários, os
produtos seriam distribuídos para prefeituras de municípios do
Norte e Nordeste e do interior de
São Paulo. Segundo o delegado
Paulo Afonso Tucci, de Atibaia, se
for comprovado crime contra a
saúde pública, o proprietário da
empresa pode pegar de um a cinco anos de prisão.
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