da Agência Folha

Um grupo de 25 pessoas, entre elas oito mulheres grávidas e três crianças, foi mantido como refém por 114 presos rebelados no presídio da Mata Grande, em Rondonópolis (400 km ao sul de Cuiabá, Mato Grosso). Até o início da noite de ontem, a revolta não havia terminado.
A rebelião começou na quarta-feira, por volta das 16h, quando familiares visitavam os presos.
Todos os rebelados pertencem ao mesmo pavilhão -a cadeia tem três. O presídio tem capacidade total para 800 detentos, mas abriga 260.
As negociações com os presos começaram no final da tarde de ontem, quando o juiz Pedro Pereira Campos Filho, ao lado de Aloísio Rodrigues da Silva, diretor do presídio, reuniu-se com os líderes do motim. Os rebelados exigiam revisão de penas.
O presídio é novo -foi entregue em novembro do ano passado- e é de segurança máxima. Logo na cerimônia de inauguração, com a presença do ministro da Justiça, José Carlos Dias, e do governador mato-grossense, Dante de Oliveira (PSDB), ocorreu a primeira rebelião no local.
A direção do presídio e a Secretaria da Justiça não souberam informar se os presos estavam armados.
Até o início da noite de ontem, o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Mato Grosso, Hermes de Abreu, estava reunido com o coordenador de Sistema Penitenciário do Estado, José Carlos Carvalho, discutindo uma solução para a rebelião.



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