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São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 2003

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Fazendeiro é acusado de matar funcionário de banco estrangeiro

ALLAN DE ABREU
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O fazendeiro Alexandre Titoto foi preso temporariamente sob suspeita de matar o funcionário do grupo BNP Paribas Carlos Alberto de Souza Araújo, anteontem, em Ribeirão Preto. A polícia suspeita que Araújo tenha sido morto por causa de uma dívida do fazendeiro.
Titoto foi preso ontem de manhã em Mococa e levado para o 1º DP de Ribeirão Preto. Segundo o delegado Odacir Cesário da Silva, deu pistas para a polícia chegar ao corpo, em um canavial.
O advogado do fazendeiro, Heráclito Mossin, negou o envolvimento de seu cliente no crime. Segundo ele, Titoto era amigo de Araújo e cliente antigo do BNP (Banco Nacional de Paris). Titoto pertence à família dos donos da usina Ipiranga (açúcar e álcool), mas deixou de ser sócio do grupo.
A hipótese da polícia é que eles se encontraram no domingo à tarde no prédio onde fica o escritório do fazendeiro. Passados cinco minutos da chegada de Araújo, o vigia Agenor Soares Nogueira ouviu pancadas e foi verificar. O vigia disse à polícia que, ao voltar à portaria, encontrou Titoto, que pediu a ele que esperasse um motorista particular na garagem. O motorista não apareceu, segundo Nogueira.
Dez minutos depois, Titoto saiu com seu carro. Com o vigia na garagem, na hipótese da polícia, o fazendeiro tirou o corpo sem ser visto pelo circuito interno de câmeras, que não grava as imagens.
Após a saída do fazendeiro, o vigia Odair Ferreira viu manchas de sangue no elevador e no escritório de Titoto, onde havia também móveis desarrumados, dois pedaços de madeira com marcas de sangue e um cheque rasgado em nome de Titoto de R$ 405 mil -que, segundo o advogado do fazendeiro, seria uma caução para a renovação de uma dívida.


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