|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fazendeiro é acusado de matar funcionário de banco estrangeiro
ALLAN DE ABREU
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O fazendeiro Alexandre Titoto
foi preso temporariamente sob
suspeita de matar o funcionário
do grupo BNP Paribas Carlos Alberto de Souza Araújo, anteontem, em Ribeirão Preto. A polícia
suspeita que Araújo tenha sido
morto por causa de uma dívida
do fazendeiro.
Titoto foi preso ontem de manhã em Mococa e levado para o 1º
DP de Ribeirão Preto. Segundo o
delegado Odacir Cesário da Silva,
deu pistas para a polícia chegar ao
corpo, em um canavial.
O advogado do fazendeiro, Heráclito Mossin, negou o envolvimento de seu cliente no crime. Segundo ele, Titoto era amigo de
Araújo e cliente antigo do BNP
(Banco Nacional de Paris). Titoto
pertence à família dos donos da
usina Ipiranga (açúcar e álcool),
mas deixou de ser sócio do grupo.
A hipótese da polícia é que eles
se encontraram no domingo à
tarde no prédio onde fica o escritório do fazendeiro. Passados cinco minutos da chegada de Araújo,
o vigia Agenor Soares Nogueira
ouviu pancadas e foi verificar. O
vigia disse à polícia que, ao voltar
à portaria, encontrou Titoto, que
pediu a ele que esperasse um motorista particular na garagem. O
motorista não apareceu, segundo
Nogueira.
Dez minutos depois, Titoto saiu
com seu carro. Com o vigia na garagem, na hipótese da polícia, o
fazendeiro tirou o corpo sem ser
visto pelo circuito interno de câmeras, que não grava as imagens.
Após a saída do fazendeiro, o vigia Odair Ferreira viu manchas de
sangue no elevador e no escritório
de Titoto, onde havia também
móveis desarrumados, dois pedaços de madeira com marcas de
sangue e um cheque rasgado em
nome de Titoto de R$ 405 mil
-que, segundo o advogado do
fazendeiro, seria uma caução para
a renovação de uma dívida.
Texto Anterior: Violência: Sobrinhas do governador de MT são soltas Próximo Texto: Panorâmica - Dengue: Doença atinge 56 cidades do Estado de SP Índice
|